Grupo é condenado por lavar dinheiro do tráfico com fazendas e igrejas no RN; penas chegam a 84 anos de prisão
Sete pessoas investigadas por integrar um grupo criminoso que teria lavado mais de R$ 23 milhões do tráfico de drogas com compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com uso de igrejas, foram condenadas pela Justiça do Rio Grande do Norte.
Os investigados foram alvos da Operação Plata, deflagrada em fevereiro de 2023 pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, com mandados cumpridos em oito estados e no Distrito Federal. As penas variam de 12 anos e oito meses de reclusão a mais 84 anos de reclusão
Na denúncia que resultou nas sentenças, o MP indicou que o grupo foi formado para o fim específico de cometer os crimes através da compra e transmissão de imóveis, realização de depósitos não identificáveis e distribuição de dinheiro em espécie.
“Os réus dissimulavam e ocultavam a origem e propriedade de bens e valores oriundos dos crimes praticados por dois irmãos, em benefício de familiares e pessoas próximas a eles. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha lavado mais de R$ 23 milhões”, informou a corporação.
A operação do MPRN foi desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com o apoio da Polícia Militar do RN e dos Ministérios Públicos de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba e, ainda, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
As investigações que culminaram na ação foram iniciadas em 2019, com o objetivo de apurar o tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, além do crime de lavagem de dinheiro.
Segundo o MP, o esquema era liderado por Valdeci Alves dos Santos, também conhecido por Colorido. Valdeci é originário da região do Seridó potiguar e era apontado, até 2022, como a segunda liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que surgiu nos presídios paulistas e que tem atuação em todo o Brasil e em países vizinhos.
Valdeci teria como braço-direito um irmão dele, Geraldo dos Santos Filho, também já condenado pela Justiça por tráfico de drogas. Pastor Júnior, como é conhecido, foi preso em 2019 no Estado de São Paulo por uso de documento falso e estava cumprindo a pena em regime semiaberto.
Fonte: G1RN
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