Grupos protestam em defesa de vaquejadas na Paraíba
Protestos de vaqueiros e de trabalhadores de vaquejada acontecem na manhã desta terça-feira (11) em João Pessoa e Campina Grande. Na capital, o protesto se concentra desde as 9h na Praça da Independência, no Centro. Em Campina, o protesto se concentra em frente ao Parque de Exposições Carlos Pessoa Filho, na saída para Queimadas. Os atos são contrários à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu a atividade no estado do Ceará.
Segundo a organização, mais de 300 cavalos e mais de 500 pessoas estão participando do ato em João Pessoa. Em Campina Grande, a organização estima 400 pessoas e 150 cavalos. A PM não acompanha os atos nas duas cidades, mas na capital, a cavalgada é monitorada pela Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob).
De acordo com um dos organizadores da manifestação em João Pessoa, Valter Trigueiro Junior, o grupo recebeu a decisão com surpresa. “Entre aqueles ministros, alguns nem se tomarem sequer conheicmento do que é uma vaquejada. Estamos aqui de forma pacífica. A vaquejada é cultura, a vaquejada moderna tem regulamento, temos meios pelos quais tentamos evitar os maus tratos”, diz. Segundo ele, também estão programadas ações em Patos, Sumé, Cajazeiras, Pombal e Princesa Isabel.
Por volta das 9h50, o grupo saiu em cavalgada ocupando uma das faixas da avenida em direção à Assembleia Legislativa, na Praça João Pessoa. Em Campina Grande, começou com uma concentração, as margens da BR-104. O ato começou às 9h40. Os apoiadores da competição se reuniram com faixas gritando “vaqueiros unidos jamais serão vencidos.
Um grupo de mulheres também se reuniu ao grupo para apoiar a realização de Vaquejadas.
O zootecnista, Adjamir Araújo, disse que não é “contra a sociedade protetora dos animais, porém a imagem que eles estão vendendo é uma imagem deturpada”. “Animais não podem ser maltratados. Para se ter uma idéia, hoje se o animal tiver um pingo de sangue ele é desclassificado” disse ele.
Na última quinta-feira (6), o Supremo considerou que a atividade causa sofrimento aos animais e derrubou a lei que regulamentava a vaquejada no estado. Apesar de se referir ao Ceará, a decisão servirá de referência para todo o país, sujeitando os organizadores a punição por crime ambiental de maus-tratos a animais.
Caso algum outro estado tenha legalizado a prática, outras ações poderão ser apresentadas ao STF para derrubar a regulamentação.
G1PB
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