Homem é preso suspeito de chefiar grupo que aplica golpe da pirâmide na PB
Um homem foi preso na manhã desta terça-feira (15) suspeito de ser o chefe de uma quadrilha que aplica uma nova modalidade do golpe da pirâmide financeira em João Pessoa. Segundo o delegado de defraudações, Lucas Sá, o homem já foi ouvido e diz que também é vítima do golpe, mas apontou outros dois suspeitos, que foram identificados e estão sendo procurados.
Segundo Lucas Sá, a primeira vítima a procurar a polícia na Paraíba revelou que entregou um carro como garantia para ser incluído no esquema. A promessa era de que o retorno seria através de indicação de outras pessoas para entraram no esquema.
Essa pessoa revelou que pelo menos 34 pessoas foram vítimas do golpe, todos eles estão em um grupo de aplicativo de troca de mensagens. O investimento médio era de R$ 20 mil e nenhuma delas recebeu nada de retorno.
A polícia estima que o prejuízo das vítimas pode chegar a R$ 1 milhão, já que todos os valores investidos foram bloqueados pelos organizadores do esquema e depositados na conta do homem preso nesta terça-feira.
O delegado pede que quem mais tiver sido vítima procure a Delegacia de Defraudações para oferecer mais informações sobre o golpe. “Tem pessoas que investiram R$ 20 mil, R$ 30 mil, venderam o carro que possuíam para poder entrar no esquema, mas até agora não receberam nada”, diz o delegado.
Denúncia no Fantástico
A prisão foi possível a partir da denúncia feita por vítimas, que tomaram conhecimento do esquema através de uma reportagem sobre o caso veiculada no Fantástico do domingo (13). A polícia investiga dois aplicativos que ofereciam lucros de até 30% ao mês com apostas em campeonatos esportivos na Bahia. Para a polícia, o esquema não passa de uma pirâmide financeira.
Os dois aplicativos são apresentados como inovadores ao oferecerem dinheiro fácil com apostas em campeonatos de futebol. Para a polícia, as duas iniciativas são novas versões para a pirâmide financeira, formando uma grande rede de investidores e prometendo lucros. Através do aplicativo, as vítimas acompanhavam seus lucros, que aumentavam, mas os valores não podiam ser sacados. Algumas vítimas pararam de aplicar dinheiro quando percebiam o golpe.
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