Influenciadores potiguares transformam rotina nas redes em fonte de renda e ascensão social

No universo dinâmico das redes sociais, influenciadores digitais potiguares vêm conquistando espaço, ditando tendências e transformando vidas – inclusive as próprias. No Rio Grande do Norte, muitos deles se destacam por conteúdos voltados ao humor, que garantem engajamento alto e, com ele, bons contratos publicitários. Segundo apuração da Tribuna do Norte, grandes nomes do segmento chegam a faturar até R$ 40 mil por mês, com publicações patrocinadas que não saem por menos de R$ 500.

A categoria dos influenciadores é dividida em nano, micro, médios e grandes. Enquanto os menores conseguem faturar entre R$ 3 mil e R$ 7 mil por mês, os maiores passam facilmente dos R$ 8 mil. A rotina, no entanto, vai muito além das aparições em vídeos. Envolve pesquisa de tendências, criação de roteiros, produção, edição, interação com o público e gestão de contratos com marcas – em especial do setor de e-commerce.

Um dos nomes mais conhecidos do estado é o de Wagner Victor, o Waguinho, de 29 anos. Natural de Caicó, ele soma 4,8 milhões de seguidores no Instagram e 8,1 milhões no TikTok. Ao lado do cunhado, Ítalo Mateus, de 23 anos, que também é influenciador, Waguinho aposta no humor cotidiano como ponte com a audiência. “Observo o que é meme e avalio situações do meu dia que podem render algum vídeo e que acho que as pessoas vão se identificar”, diz ele.

Para Luisa Souto, 28, conhecida como Luisou, a virada profissional veio quando trocou os tutoriais de maquiagem por vídeos cômicos. Com mais de 600 mil seguidores somando Instagram e TikTok, ela organiza a semana como um calendário de gravações, roteiros e entregas publicitárias. “Planejo tudo na segunda-feira e vou intercalando entre conteúdos pagos e orgânicos ao longo dos dias”, explica.

Transformação de vida

Mais do que curtidas e visualizações, o trabalho nas redes tem representado transformação de vida para muitos. Luisa, por exemplo, é engenheira de formação, mas abandonou a profissão para viver da criação de conteúdo. Graças à internet, passou dois anos estudando teatro em São Paulo, sonho que só pôde realizar com os frutos do novo ofício.

Já Waguinho, antes da fama digital, enfrentou muitas dificuldades financeiras. Estudou Educação Física, vendeu velas em cemitério, deu aulas de reforço e foi empreendedor. “Já fiz muita coisa, mas nada como a internet. Com ela, consegui reformar a casa da minha mãe e ajudá-la a parar de trabalhar”, comemora. Ítalo, que trabalhou como entregador de quentinhas antes de virar influencer, compartilha a mesma realização. “A melhor parte é conseguir ajudar quem a gente ama”, afirma.

Desafios do ofício

Apesar das vantagens financeiras e da autonomia, ser influenciador digital também tem seus pesos. A pressão constante por resultados, a exposição a críticas e a necessidade de manter a saúde mental são apontadas como grandes desafios da profissão.

Waguinho é direto ao falar sobre isso: “É preciso manter a mente blindada. Se você trabalha com humor, como é o nosso caso, precisa estar bem para levar alegria às pessoas”. Já Ítalo reforça a importância de ser autêntico e consciente da responsabilidade que acompanha o alcance. E Luisa conclui com um incentivo a quem está começando: “Não espere o momento ideal. Poste, erre, aprenda e mantenha constância. É assim que se cresce”.

A vida de influencer, ao que tudo indica, é intensa, exigente e repleta de desafios — mas, para quem se destaca, pode se transformar em um caminho de reconhecimento, realização e mudança real de vida. Com informações da Tribuna do Norte.

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