Investigados buscam delação premiada na ‘Cidade Luz’

Pelo menos três das quinze pessoas alvejadas pela Operação Cidade Luz estão em processo de colaboração com o Ministério Público do Rio Grande do Norte. Elas depuseram preliminarmente e estão em fase de juntar indícios para entregar ao Ministério Público para celebrar delação premiada, onde serão fixados os benefícios a que terão direito.

Um dos nomes confirmados pela reportagem é o da servidora Kelly Patrícia, primeira a ter a prisão revogada pela Justiça. Procurada, sua defesa afirmou que não comentaria o caso. Também foi confirmado o nome de Sérgio Epaminondas. A reportagem não conseguiu localizar sua defesa. Estão presos preventivamente ainda os empresários Allan Emmanuel e Felipe Gonçalves de Castro.

Crise 

Fontes ligadas ao caso confirmaram à reportagem que há explosivo material nas interceptações telefônicas, com citações diretas e responsabilizações a agentes políticos.

De acordo com o que foi apurado, as fraudes e a crise interna entre os membros da suposta associação criminosa se acentuaram entre 2015 e 2016 e tiveram pico durante as definições da eleição para presidente da Câmara de Vereadores de Natal.

Eleito presidente, Raniere Barbosa, também atingido pela operação, perdeu a influência que detinha sobre a Semsur no mesmo período em que o atual vice-prefeito, Álvaro Dias, se fortaleceu com o prefeito Carlos Eduardo Alves.

Nos bastidores, os grupos de Raniere e Álvaro Dias se digladiaram pela presidência da Câmara, com o vice-prefeito tentando drenar as forças de Raniere, em quem enxergava potencial adversário.

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