O caso de Guilherme foi um dos que ganhou mais notoriedade entre os presos que estão desaparecidos em Alcaçuz. O pai dele, Francisco Luiz da Silva, de 64 anos, chegou a dar entrevista à TRIBUNA DO NORTE sobre o paradeiro do seu filho, que não deu notícias desde o momento em que aconteceu a rebelião. Na época, o titular da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc), Luiz Mauro Albuquerque, limitou-se a dizer que “não sabia onde ele [Guilherme] estava”.
Guilherme Ely, de 36 anos, estava preso no pavilhão 4 por tráfico de drogas. Guilherme Ely constava na lista de pelo menos 16 detentos que até hoje seguem desaparecidos, não divulgada pelo Estado até hoje. Esses detentos não constam na lista dos mortos, na lista de transferências nem na lista de fugitivos. Até hoje, as investigações sobre a chacina do dia 14 de janeiro de 2017, não deram resultado, segundo informações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que espera concluir o inquérito até junho deste ano.
Pouco mais de um ano depois do maior massacre do sistema prisional potiguar, em Alcaçuz, numa chacina que culminou na morte de 26 presos, o Instituto Técnico Científico de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Itep/RN) conseguiu identificar o 25º detento morto na rebelião. Trata-se de Guilherme Ely Figueiredo da Silva, que estava entre um dos quatro corpos carbonizados. A informação foi confirmada pela assessoria de Imprensa do Itep/RN. Dos 26 mortos na rebelião, até hoje um corpo não foi reclamado e foi enterrado sem identificação.