Janot volta a denunciar Temer, agora por obstrução de Justiça e organização criminosa
A três dias de encerrar seu mandato no comando do Ministério Público Federal (MPF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta quinta-feira (14) o segundo pedido para processar criminalmente o presidente Michel Temer (PMDB).
As acusações, desta vez, são de organização criminosa e obstrução da Justiça, com base em informações obtidas nas delações premiadas de executivos da J&F, controladora da JBS, e do corretor de valores Lúcio Funaro, apontado pela operação Lava Jato como operador financeiro do PMDB.
Também foram denunciados os ministros Moreira Franco (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil), além dos ex-deputados do PMDB Eduardo Cunha (RJ), Geddel Vieira Lima (BA) e Henrique Eduardo Alves (RN), todos presos na Operação Lava Jato. Também foi denunciado o ex-deputado e ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures.
A nova denúncia de Janot contra Temer foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF). Como as acusações de crimes comuns são contra um presidente da República, o processo corre no Supremo, pois Temer tem prerrogativa de foro. Antes, porém, a acusação será submetida ao plenário da Câmara, conforme determina a Constituição. Apenas com a autorização dos deputados, o Supremo poderá analisar a denúncia e decidir se torna réu ou não o peemedebista. A Corte precisa do aval de 342 parlamentares (dois terços da Casa) para dar prosseguimento ao processo.
Tribunapr
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