A Justiça do Rio de Janeiro inocentou, na noite desta segunda-feira (19), Rafael Paiva de Oliveira e Gustavo Marques Assumpção, acusados de assassinar a policial militar Drielle Lasnor de Moraes, então, com 24 anos, em 2015.
Na ocasião, a PM foi baleada no rosto durante uma perseguição na Estrada da Água Branca, em Realengo, na Zona Oeste da cidade. A policial passou um mês internada até morrer. O Ministério Público vai recorrer da decisão.
De acordo com o MP, por volta de 2h, de 25 de maio de 2015, próximo à comunidade do Batan, na Zona Oeste do Rio, os denunciados realizaram inúmeros tiros contra a policial. “De forma livre e consciente, em comunhão de desígnios e ações, com vontade de matar, efetuaram diversos disparos de arma de fogo”, explicou os promotores em seu pedido de condenação contra a dupla.
O júri, por maioria, considerou não haver provas no processo para condenar Rafael e Gustavo. O Ministério Público irá alegar que a “decisão foi manifestamente contrária à prova dos autos”.
Família de policiais
Drielle era bancária antes de decidir ser policial. A jovem era formada em administração de empresas e cumpriu parte do curso de engenharia. Decidiu então fazer concurso para a Polícia Militar. Quis seguir a carreira do pai.
O pai de Drielle era sargento da PM e foi assassinado em 2005.
Quando foi baleada, havia um ano que estava na Polícia Militar e três meses no patrulhamento das ruas, que “era a sua paixão”. “Ela amava o que fazia. Preferiu ir para a rua do que fazer carreira administrativa”, disse um parente no dia do sepultamento.
Drielle trabalhava no 23º Batalhão (Leblon) e foi para o 14º Batalhão (Bangu), o mesmo onde o pai trabalhava.