Lula repete erros e faz governo da catástrofe econômica, diz Rogério Marinho
O presidente estadual do Partido Liberal, o senador Rogério Marinho, disse que durante sua ausência do Congresso Nacional por 121 dias, sem remuneração, vai se dedicar a organização, ampliação e fortalecimento da legenda no Rio Grande do Norte e região Nordeste. Para tanto, informou que nos próximos 30 dias, antes das convenções partidárias, será alçado ao posto de secretário de Organização na Executiva Nacional do PL. Marinho também falou à TRIBUNA DO NORTE sobre a estratégia do partido nas eleições municipais, com 80 candidatos a prefeito e vice em faixa própria ou em alianças com outros partidos, sendo proibido composições com PT, PC do B, PV, PSOL, REDE e outros partidos de esquerda ou que tiver aliado a esses partidos.
O senhor acaba de pedir uma licença do mandato, qual a sua missão nesse período?
Nos afastamos por quatro meses sem remuneração e temos uma tarefa pela frente, vamos descansar uns oito ou dez dias, e mãos à obra, temos muita coisa pra fazer no Estado e no Brasil. Vamos fazer um trabalho para organizar o partido aqui em outros lugares do país, uma vez que eu vou estar no Diretório Nacional com esse papel de organizar o partido no país, na secretaria de Organização, preparando não apenas as eleições municipais, mas principalmente as eleições de 2026. O senador Flávio Azevedo (PL), que nos substitui, é uma pessoa com quem eu tenho um relacionamento há mais de 30 anos, tenho por ele uma enorme admiração, sei da sua competência, da sua lealdade, da maneira como ele se comporta, da sua integridade, e eu não tenho dúvida que ele vai nos substituir à altura e vai fazer o trabalho que se espera de um digno representante do nosso Rio Grande do Norte.
Como está o PL para a disputa das eleições municipais no Estado este ano?
Nós recebemos o partido no Rio Grande do Norte logo após as eleições de 2022 que tinha 19 prefeitos, eleitos no pleito de 2020 ainda sob a presidência do deputado federal João Maia (PP) e ao longo desse período após a eleição presidencial, hoje temos no partido 23 prefeitos com mandatos, o PL está um pouco maior do que era e temos uma consistência do ponto de vista de afinidade, de propósito. Temos o objetivo de mostrarmos à população que é possível fazer uma administração que leve em consideração, não apenas a questão técnica, que é relevante e essencial para a vida, mas atuação na defesa de valores que representam o conjunto da sociedade.
O PL tem pré-candidaturas em cidades importantes do RN, qual estratégia para atrair eleitores?
A nossa preocupação é com 2026, mas passa por 2024. Cada município tem uma estratégia diferente dada a especificidade do local. Em Natal, por exemplo, confluímos para uma pré-candidatura do deputado Paulinho Freire (União Brasil). Temos uma conversa com o Paulinho e um acordo político, primeiro do que ele implementará na cidade. Ações que visam, justamente, levar em consideração esses valores que mencionei anteriormente, e estarmos juntos em 2026 nas eleições majoritárias que interessam ao Brasil como um todo.
Porque não foi possível aliança com o União Brasil em Parnamirim?
Se levar em consideração o fato de que o maior colégio eleitoral do Estado é Natal, e o presidente Bolsonaro e o PL teve em Natal quase 50% dos votos válidos, e em Parnamirim vencemos as eleições, a única cidade do Estado que Bolsonaro teve êxito. O prefeito Taveira nos apoiou desde o primeiro turno, foi muito firme nesse apoio, apesar do seu filho, Taveira Júnior, ser deputado estadual do União Brasil. Os deputados federais Benes Leocádio e Paulinho Freire do União Brasil estiveram dentro desse processo político conosco. Para nós foi uma surpresa muito grande o presidente do partido (José Agripino) conduzir o partido no sentido contrário do sentimento do seu partido. Agora, os motivos que o levaram a tomar essa decisão, ele certamente vai ter oportunidade de dar uma satisfação à população quando for questionado. Me pareceu que faltou reciprocidade nessa relação. Mas não tenho dúvida que Paulinho Freire, Benes Leocádio, Taveira Júnior, que são aqueles que têm voto, que têm mandato, que têm representatividade, que têm legitimidade dentro da União Brasil, vão estar ao lado da candidatura de Salatel de Souza.
Como vai ser sua participação na campanha de Paulinho em Natal?
Vai ser dentro da necessidade que a sua candidatura nos apresentar. Estamos colocando a disposição de Paulinho técnicos que nos ajudaram ao longo da nossa vida pública para trabalhar no seu plano de governo, os nossos pré-candidatos a vereador, todos eles estão engajados na pré-candidatura do deputado Paulinho Freire, vamos nos colocar a disposição para percorrer a cidade do Natal, entendendo que talvez aonde poderá render mais será com depoimentos na televisão, em eventos mais localizados, porque Paulinho tem hoje o apoio também do prefeito Álvaro Dias (Republicanos, do senador Styvenson Valentim (Podemos), de boa parte da classe política do Estado com a atuação na cidade, vamos apoiá-lo formalmente, publicamente, vamos deixar isso claro e aqueles que, por ventura, entenderem que pode acompanhar a nossa orientação, certamente vão sufragar o seu nome após as convenções municipais e a campanha eleitoral.
O senhor será candidato ao governo do Estado ou vai depender dos resultados das eleições deste ano?
É cedo. 2026 tem uma ação no caminho que são as eleições municipais. Passadas as eleições municipais vamos avaliar o tamanho de cada partido político, o resultado eleitoral.
Há uma especulação de que o senhor poderia formar uma chapa com o Tarcísio de Freitas, o governador de São Paulo?
Nós temos um candidato, que será o presidente Bolsonaro, Um questionamento me é feito quase sempre nas entrevistas que eu tenho dado pelo Brasil afora. O presidente da República hoje chama-se Lula, esse cidadão foi condenado por corrupção, por evasão de dinheiro, por uma série de crimes em três instâncias, por mais de 20 juízes diferentes, ele foi encarcerado, foi preso, passou mais de 500 dias preso, e não é porque ele se reuniu com embaixadores. Não foi porque ele pegou os presentes que recebeu e eventualmente os transacionou, até porque ele levou 11 containeres na cabeça quando saiu do Palácio do Planalto. Foi por corrupção, só a Petrobras, mais de R$ 6 bilhões devolvidos ao poder público. Mais de R$ 20 bilhões foram devolvidos, e esse cidadão hoje é presidente do Brasil.
Como o senhor avalia tantas derrotas de Lula no Congresso?
O governo teima em ir na contramão do que pensa a sociedade brasileira e o Congresso representa a sociedade brasileira, esse é o primeiro ponto, depois o governo está fazendo o ajuste da economia pelo lado do aumento das receitas, ou seja, aumento de impostos, e nós aumentamos impostos no primeiro ano, aumentamos impostos no começo do segundo ano, a sociedade exauriu, não tem mais possibilidade de aumentar impostos, já pagamos de 36 a 37% do PIB de impostos ao governo, um governo que não faz o seu dever de casa, não corta despesas, agora o governo anunciou, o Lula disse, olha como tem subsídio dentro do orçamento, 600 e tantos bilhões de reais, não faz dois meses que o governo mandou mais um subsídio de de 15 bilhões na Toyota. Esse ano e meio, o governo do presidente Lula, que está espantado com o subsídio, parece aquela história do ladrão que está na feira, que bate a carteira e segue gritando pega ladrão, só ele acrescentou R$ 68 bilhões. O governo vive dando pedalada para fechar as contas. Esse ano o arcabouço fiscal foi pela sexta vez, em menos de oito meses, ultrapassado. E essa ultrapassagem foi uma brincadeira. Eles pegaram o primeiro trimestre do ano e colocaram como base para aumento de gastos no ano de 2024, quando historicamente pela contabilidade pública se faz no segundo trimestre. Por quê? Porque você já tem uma variação de normalidade do comportamento das receitas. E por que que ele antecipou para o primeiro trimestre contra o que diz o arcabouço e liberou R$ 15 bilhões a mais? Porque no ano passado pagou os precatórios E$ 90 bilhões, foram 30 da época do presidente Bolsonaro, e 60 de Lula, que ele disse que é tudo de Bolsonaro, no primeiro trimestre, teve 10 ou 12 bilhões de imposto retido pessoa jurídica, teve também os fundos exclusivos, teve offshore, então são receitas não recorrentes que não vão ser apresentadas no trimestre subsequente, então se aumenta a despesa, o desequilíbrio econômico vai ser grande, e o mercado já entendeu isso. A lua de mel com o Lula está se acabando, veja quanto é que está o preço do dólar, do câmbio, que é o maior desde o início do governo, veja como é que está o juro futuro, parou a diminuição do juro dentro do Copom porque desancorou o fiscal, então o mercado está caindo em si, que esse governo do amor, é na verdade o governo da catástrofe econômica que está repentindo os mesmos erros.
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