O tempo passou e o primogênito continua morando na capital seridoense. A distância não prejudicou a relação entre mãe e filho que, diariamente, comunicam-se pelas redes sociais e, vez ou outra, encontram-se pessoalmente para minimizar a saudade, principalmente em datas comemorativas, como no Dia das Mães. Atualmente, Carla Diniz colhe os frutos de ser trabalhadora e chefe de família. “Sempre pensei no melhor para nós dois. Até hoje garanto os melhores estudos, saúde, conforto e, claro, amor de mãe. Agora, compartilho com ele a alegria de ter sido promovida de recepcionista para secretária executiva em 10 meses de carteira assinada”, comemora.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano 2000, as mulheres comandavam 24,9% dos 44,8 milhões de domicílios particulares. Em 2010, o número saltou para 38,7% dos 57,3 milhões de residências, enquanto que na área rural, o número chega a 24,8%.

Algumas das explicações para o aumento no número de mulheres chefes de família são a inserção no mercado de trabalho, a procura por escolarização e a busca pelo empoderamento feminino. É o exemplo de Raimunda Henrique Rodrigues, 42 anos. Depois que se divorciou do marido há seis anos, decidiu dar uma guinada na vida e ser protagonista do próprio destino.