Manifestantes a favor e contra impeachment preparam protestos em Brasília

BANDEIRA BRASIL 1100

Concentrados em acampamentos montados nas proximidades da Esplanada dos Ministérios, manifestantes favoráveis e contrários ao afastamento da presidenta Dilma Rousseff iniciaram no sábado (16) uma maratona de mobilizações que seguirá até o desfecho da votação do processo de impeachment de Dilma Roussef no plenário da Câmara, marcada para domingo (17).

No acampamento de manifestantes que desejam a derrubada da presidente, montado no Parque da Cidade, na região central da capital, o clima era de otimismo com a possibilidade de aprovação do afastamento de Dilma Rousseff. Os presentes realizavam reuniões de planejamento para uma vigília que pretende virar a noite em frente ao Congresso Nacional.

“Não tem negócio”, disse a empresária catarinense Dileta Corrêa da Silva, referindo-se à queda da presidenta petista. “Com impeachment ou sem impeachment, a resistência vai continuar”, acrescentou ela, que está acampada em Brasília há 26 dias e lidera um grupo denominado União Patriótica Nacional, uma dentre as cerca de uma dezena de denominações que se reúnem no local. Alguns pedem a intervenção militar. Todos planejam seguir em marcha para a Esplanada dos Ministérios a partir das 17h. A manhã de hoje (16) no acampamento da Frente Brasil Popular, no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, na região central de Brasília, foi dedicada ao Ato com Movimentos Sociais pela Democracia. Os manifestantes contrários ao impeachment se reuniram em uma tenda branca desde cedo.

A expectativa era de que a presidenta Dilma Rousseff discursasse no local neste sábado, mas pouco antes do início do ato, a Presidência informou que ela se reuniria com lideranças partidárias e cancelou a ida a evento. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu ao ato e discursou para 1,5 mil pessoas. Ele reforçou que um impeachment sem base legal é um golpe contra a democracia.

Representantes de entidades como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) mostraram-se convencidos de que o processo de impeachment de Dilma Rousseff não será aprovado no domingo (17) pelos deputados.

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