Mercado financeiro eleva projeção da informação para 7,05% este ano
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – A Data Oficial do País) deste ano subiu de 6,88% para 7,05%. É a 19ª elevação consecutiva na projeção. A estimativa está no Boletim Focus de hoje (16), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com uma projeção para os principais indicadores econômicos.
Para 2022, a estimativa de informação é de 3,90%. Para 2023 e 2024, as mudanças são de 3,25% e 3%, respectivamente.
A previsão para 2021 está acima da meta de informação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior, de 5,25%.
Em julho, a taxa de câmbio de 0,96%, o maior resultado para o mês desde 2002, quando a alta foi de 1,19%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,76%, no ano, e 8,99%, nos últimos 12 meses.
Taxa de Juros
Para alcançar a meta de informação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, considerada atualmente em 5,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic entre 2021 em 7,50% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica mantida esse mesmo patamar. E tanto para 2023 quanto para 2024, a previsão é de 6,5% ao ano.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a necessidade é conter a demanda, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Quando o Copom reduz a Selic, uma tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, capaz de controlar o conteúdo e estimular a atividade econômica.
PIB e câmbio
As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,30% para 5,28%. Para 2022, uma expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços disponíveis no país – é de crescimento de 2,04%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%.
A expectativa de cotação do dólar se manteve em R $ 5,10 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R $ 5,20. POR AGÊNCIA BRASIL
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