O ministro do Planejamento, Romero Jucá, declarou no sábado (21), em São Paulo, onde se reuniu com o presidente em exercício Michel Temer, que não está no horizonte da equipe econômica aumentos de tributos no curto prazo.
Ministro do Planejamento descarta aumento de tributos no curto prazo
“Quem pode definir isso [alta de impostos] é o presidente da República. No curto prazo, não está no horizonte aumento de impostos. Nós vamos começar a operar medidas que minorem essa dificuldade e até nos fazermos uma travessia para um outro tipo de situação, que é o ideal: equilibrio fiscal, geração de empregos, crescimento econômico. Enfim, credibilidade, estabilidade e segurança jurídica”, afirmou ele.
Nesta semana, e equipe econômica anunciou que o governo federal enviará ao Congresso Nacional, na próxima semana, uma proposta que prevê um déficit (despesas maiores do que receitas) das contas públicas de até R$ 170,5 bilhões em 2016. Se confirmado, será o pior resultado da série histórica, que tem início em 1997.Segundo o governo, a meta de até R$ 170,5 bilhões, para este ano, é um “teto”. Deste modo, explicou ele, o objetivo é que o rombo fiscal seja menor do que este valor neste ano. Essa meta, explicaram as autoridades, embute “riscos fiscais” e pagamento de passivos a despesas já contratadas, mas não contempla medidas econômicas, que serão anunciadas nas próximas semanas.
Se a nova meta fiscal não for aprovada pelo Congresso, o governo pode ter de efetuar um forte bloqueio de gastos para cumprir a meta atual – o que poderia levar à paralisação do governo – assim como ocorreu no ano passado, por alguns dias, até que a meta de 2015 fosse revista.
Já se sabe que a aprovação de parte dessas medidas, para diminuir o rombo previsto nas contas públicas, também depende de negociação com o Congresso Nacional e sua subsequente aprovação.
Medidas serão anunciadas na terça
Também neste sábado, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que as medidas para recuperar a economia serão anunciadas na próxima terça-feira (24). Ele também participou do encontro com o presidente em exercício, Michel Temer.
“Espero do Congresso que entenda as necessidades do povo brasileiro e das finanças públicas. Eu acredito que será uma negociação muito produtiva. Todos contatos que eu tenho tido, até o momento, são muito positivos e produtivos”, declarou Meirelles a jornalistas.
Equilíbrio das contas públicas
Para a retomada da confiança na economia brasileira, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem dito que é importante reequilibrar as contas públicas – que passam atualmente por forte deterioração.
Ele já indicou que o ajuste nas contas, que em tese pode ser implementado por meio de cortes de gastos e de alta de tributos, é um dos principais desafios da economia neste momento. Meirelles avaliou que a dívida pública não pode continuar subindo na proporção com o PIB e que é importante tentar retomar os superávits nas contas públicas.
De acordo com o ministro, a melhora das contas seria importante para a volta da confiança dos investidores e consumidores, para o aumento do investimentos e, subsequentemente, para o retorno do processo de crescimento da economia com geração de empregos.
Para atingir esse, Meirelles também propôs a reforma da Previdência Social – que teria impacto nas contas públicas no médio prazo. A ideia, nesse caso, seria fixar uma idade mínima de aposentadoria.
G1
1 Comentário
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Inácio Augusto de Almeida
maio 5, 2016, 2:37 pmEu não acredito numa só palavra deste governista militante. Teve governo, seja qual for, ele é governo. Dizem que é dele a frase: HAJA O QUE HOUVER, ACONTEÇA O QUE ACONTECER, EU ESTOU COM OS VENCEDORES. Temer começa a afundar. Recuou no caso do Ministério da Cultura mostrando total falta de pulso. Forma um ministério onde vários escolhidos estão sendo investigados. Enfim, desconheço uma coisa, em termos de fraqueza, que lembre mais um caldo de bila do que o governo Temer.
Duvido que bote agosto.
ELEIÇÕES GERAIS JÁ!