Ministros querem urgência para aprovar reforma da Previdência
A quase um mês da votação da reforma da Previdência, prevista para o dia 19 de fevereiro, a equipe econômica do presidente Michel Temer trabalha para garantir votos favoráveis de deputados e senadores. O governo argumenta que as mudanças nas regras de aposentadoria são essenciais para o equilíbrio das contas públicas.
Nesta semana, durante coletiva de imprensa para falar sobre a regra de ouro, que é o limite de endividamento do governo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a aprovação da reforma vai garantir que as metas de déficit primário e do teto de gastos sejam cumpridas pelo governo nos próximos anos. Ele também defendeu a urgência da votação da matéria.
“Evidentemente, a prioridade é resolver a situação fiscal do País, que é concretizada por uma votação da maior importância, que é a reforma da Previdência. Esse é o ponto fundamental, esse é o nosso foco de atenção, essa é a nossa prioridade: votar a reforma da Previdência.”
Na ocasião, o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, comentou sobre as despesas do governo e os problemas futuros que o Brasil enfrentará, caso a reforma da Previdência não seja aprovada este ano.
“Nós temos tido dificuldades com essa regra nos últimos dois anos e teremos nos próximos anos. A pergunta é: por que o governo está tendo dificuldade com esta regra? Pelo fato de que os déficits que nós temos tido nos últimos anos, são déficits criados pela despesa de custeio. Particularmente, despesa da Previdência.”
Segundo estimativas do Tesouro Nacional, o rombo no setor previdenciário pode ter chegado a R$ 181,6 bilhões no ano passado. Em 2016, o valor alcançou a marca dos R$ 149,73 bilhões, prejuízo 74,5% maior do que o registrado em 2015.
Reportagem, Marquezan Araújo
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