Mistério da casa “mal-assombrada”; entenda por que a PCDF busca corpos em imóvel
Foto: Rafaela Felicciano/Reprodução/Metrópoles
Investigadores da 8ª Delegacia de Polícia (SIA) farão mais uma tentativa de localizar supostos corpos enterrados abaixo do assoalho da cozinha de uma casa, na Cidade Estrutural. A escavação irá recomeçar na manhã desta sexta-feira (20/8), em uma área do cômodo que ainda não foi vasculhada. Caso não sejam encontrados restos mortais, a ação será suspensa definitivamente.
Os policiais apuraram que o terreno onde está a residência foi comprado em dezembro de 2016. Antes, havia alguns barracos supostamente usados por criminosos ligados ao tráfico de drogas. No local, segundo vizinhos, um casal teria sido morto e enterrado clandestinamente. Depois dos homicídios, uma laje de concreto teria sido colocada sobre uma cova profunda.
Após o terreno ser comprado pelos atuais moradores, a casa de alvenaria foi construída sobre a laje, que ficaria entre a cozinha e o banheiro da residência. A complicação é que, supostamente, os corpos estariam enterrados justamente sob uma viga de sustentação entre esses dois cômodos, o que impediria as equipes de seguir com a escavação. Mexer na estrutura poderia provocar o desabamento de parte do imóvel.
Casal enterrado
Uma moradora da região procurou a PCDF para denunciar que havia corpos no local. Segundo a delegada-chefe da 8ª DP (SIA), Jane Klebia, a testemunha afirmou que um casal foi enterrado na área há cinco anos e que ela teria visto o momento em que a cova foi aberta no terreno, antes mesmo de a residência ter sido construída.
Um buraco foi aberto na cozinha do imóvel onde vive, atualmente, uma advogada. Ela não quis falar com a reportagem. “Temos certeza de que os moradores atuais da residência não estão envolvidos em crime. Já compraram a casa com a história de mal-assombrada”, explicou a delegada.
A atual moradora alegou aos investigadores que costuma ouvir vozes na residência e já presenciou fenômenos sobrenaturais na residência. “A família nos afirmou que costuma ver vultos, ouvir vozes, luzes queimam com frequência apenas na cozinha, talheres caem no chão durante a noite e são ouvidos barulhos como se pessoas andassem no telhado da casa”, disse Jane.
Segundo a investigadora, a pessoa que fez a denúncia detalhou ter visto, antes de 2016, o momento em que a cova foi aberta. “A testemunha viu o buraco sendo cavado no meio da noite, e no dia seguinte foi coberto com cimento, formando uma espécie de laje”, explicou Jane.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) também esteve no local com cães farejadores, que auxiliaram nas buscas pela provável ossada. “Precisamos saber se existe mesmo uma pessoa enterrada ali. Se encontrarmos, iremos começar a investigação. Faremos um DNA e investigaremos pessoas desaparecidas nesse período. No entanto, se não encontrarmos os supostos corpos no lugar apontado pelas testemunhas, a apuração será encerrada”, disse a delegada.
Peritos criminais da Seção de Crimes Contra a Pessoa (SCPe), do Instituto de Criminalística (IC), também estiveram no local. Por Metrópoles
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