
Moraes diz que “milícias digitais não vão intimidar Judiciário”: ‘Não façam cortes, entenderam?’; Vídeo
Durante a sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que analisa a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros investigados por suposta tentativa de golpe, nesta terça-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes criticou a atuação de “milícias digitais” ao reforçar a importância da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
A declaração foi feita no contexto da análise de um pedido para anular o acordo de colaboração de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A solicitação foi rejeitada pela Corte, garantindo a validade das provas apresentadas pelo militar.
Moraes justificou a decisão de tornar públicos os áudios e vídeos da delação para evitar distorções. “Nós sabemos que as milícias digitais continuam atuando, inclusive durante esse julgamento, tentando pegar trechos para montar. Porque a especialidade dessas milícias digitais é a produção e distribuição de fake news para a tentativa de intimidar o Poder Judiciário”, afirmou.
O ministro destacou que tais tentativas não afetam o trabalho da Justiça. “Não perceberam que, se até agora, não intimidaram o Poder Judiciário, não vão intimidar o Poder Judiciário, seja com milícias digitais nacionais ou estrangeiras, porque o Brasil é um país soberano e independente.”
Além disso, Moraes garantiu que a delação de Cid seguiu todos os trâmites legais e que não houve qualquer interferência por parte do STF. “As defesas têm total acesso e demonstram a inexistência de qualquer coação ou irregularidade na audiência regularmente realizada para confirmar a manutenção do acordo premial, devidamente acompanhado pelo procurador-geral da República e por ambos os advogados aqui presentes.”
O relator reforçou que a Corte agiu dentro dos limites legais ao homologar o acordo. “Repito: em nenhum momento esse Supremo Tribunal Federal, por meio do ministro relator, interferiu no conteúdo ou nos termos do acordo de colaboração premiada, tendo exercido somente o que a lei garante.”
O julgamento segue com a análise da denúncia contra Bolsonaro e outros envolvidos, nesta quarta-feira (26), a partir das 9h30.
Gazeta do Povo
1 Comentário
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Neto
mar 3, 2025, 5:54 amMedo de que, se ele tem apoio das forças armadas e até do MST com seus poderes.