Mototaxista assassinado em Caicó teria recebido dois torpedos com “ameaças”

Sem imaginar que seria atacado a tiros da forma como foi, Valdenar Maia, o mototaxista caicoense que foi morto na tarde dessa terça feira, 26, em frente à Central do Cidadão da cidade, havia relatado a pessoas próximas, horas antes de ser morto, que tinha recebido ameaças de morte pelo celular, foram duas em curto espaço de tempo.

Uma das mensagens a pessoa se passava por uma mulher, dizendo que estava vindo para a festa de Santana e que mataria mais um membro da família do mototaxista, sem acreditar que poderia ser ele mesmo ser o alvo, o jovem disse não temer, porque nunca teve qualquer envolvimento com o mundo da criminalidade e/ou das drogas.

“Às 10hs e pouco da manhã de ontem, 26, ele recebeu outro torpedo descrevendo a sua morte, mas novamente ele não acreditou, inclusive apagou a mensagem, ainda chegou a mostrar a amigos e à família, mal sabia ele que era o aviso do seu fim na terra, pois ele sempre acreditou ser apenas uma brincadeira de mal-gosto”, diz um amigo.

Dos dois torpedos que recebeu e mostrou aos amigos e à família, em um deles o texto fazia referência a duas mulheres, ambas suspeitas da morta da irmã do mototaxista, ocorrida em 23 de julho de 2015, morte que chocou toda a cidade caicoense pela frieza como foi abordada a vítima, que abriu a porta, inocentemente, e foi morta.

“Não teve quem fizesse ele acreditar, porque era um rapaz do trabalho para a casa dele, amava a família, falava muito na mãe, e apesar de tudo isso que vive a sua família, não gostava de tocar no assunto, acho que até para preservar a própria vida, e de repente é ultrajado por malfazejos desgraçados, que não tem amor ao próximo”, narra o amigo.

O blog Jair Sampaio tentou um contato com a família, abaladas, irmãs, mãe e outros membros não quiseram falar, deixaram apenas uma mensagem pedindo paz… “Gente, tudo que queremos é viver, somos uma família de pessoas honestas e trabalhadoras, não merecíamos passar por isso, perdemos mais um irmão inocente”, narra uma irmã.

A dor que a família vive nesse momento é insuperável, mesmo assim se mantém emocionalmente equilibrada, e evita, inclusive, falar sobre o ocorrido dessa terça feira, 26. “Somos uma família de muita fé, e tenho certeza que Deus nos guiará. A única coisa que peço é que as pessoas respeitem nossa dor, evitem comentários distorcidos, principalmente em blogs e outras redes sociais, como já falei anteriormente, não merecíamos passar por isso”.

Do blog: Em respeito à dor vivida pela família, não foram citados nomes na reportagem. Que a fé dessa família seja o trampolim para reencontrar a paz que merece!