Na Coreia do Norte; Kim Jong-un ‘ameaça’ EUA após ser chamado de gordinho maluco
A Coreia do Norte já ameaçou ir a guerra contra os EUA por muitos motivos: exercícios militares, supostas ameaças de invasão e interferência econômica. Mas a mais nova ameaça aos americanos veio após seu líder, Kim Jong-un, ter sido chamado pelo senador republicano John McCain de “gordinho maluco”. Sob ataques verbais do regime, ele ainda ironizou o ditador e sua forma física.
— A China é a única que pode controlar Kim Jong-un, este garoto gordinho maluco que está chefiando a Coreia do Norte. Eles poderiam paralisar a economia norte-coreana em uma semana — disse McCain, herói de guerra e candidato presidencial em 2008, na rede MSNBC. — Não estamos lidando nem com alguém como (o ditador soviético) Josef Stalin, que tinha uma certa racionalidade na barbárie.
As declarações foram rebatidas pela agência estatal KCNA, que funciona como porta-voz do regime. Numa nota, a entidade atacou McCain e seu colega de Senado Ted Cruz que pediu que o país seja designado como um Estado apoiador do terrorismo.
“O que eles ousaram dizer fere a dignidade da liderança suprema da RPDC (sigla para República Democrática Popular da Coreia, como o país se identifica) e é apenas uma manifestação da sua pior hostilidade em relação à ideologia e sistema social da RPDC e seu povo, e uma grave provocação pouco antes de uma declaração de guerra”, diz o comunicado.
Segundo a KCNA, “o pessoal de serviço e as pessoas da RPDC tratam a dignidade de seu líder supremo como sua vida e alma”.
“Os EUA devem saber muito bem sobre como eles (o povo) reagem a quaisquer atos ofensivos contra ele. Como pessoas como John McCain e Ted Cruz fizeram uma provocação equivalente a declaração de guerra contra a RPDC, a RPDC vai tomar medidas para contorná-lo. Eles terão que sofrer amargamente as consequências desastrosas por sua imprudente língua solta, e então qualquer pesar por ela virá tarde demais. Eles terão que ser inteiramente responsáveis por sua imprudente língua solta”, completa a nota, dizendo que o país cumprirá sua “missão sagrada de dar um golpe sem piedade contra quem fere a dignidade do líder supremo”.
(O Globo)
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