Nova versão da cepa ômicron não é detectada em testes PCR, dizem cientistas
Cientistas identificaram uma nova versão da variante ômicron que não pode ser diagnosticada com testes PCR. Apesar de muito parecida com a cepa descoberta na África do Sul, a nova versão do vírus tem uma mudança genética particular. A dificuldade na identificação sugere que a ômicron esteja presente em mais localidades do que se sabe.
Para diferenciar a descoberta da forma original do vírus, os cientistas dividiram a B.1.1.529 (nome científico da ômicron) em BA.1 e BA.2. A 2ª representa a nova versão.
“Existem duas linhagens dentro da ômicron, BA.1 e BA.2, que são bastante diferenciadas geneticamente”, afirmou o professor François Balloux, diretor do University College London Genetics Institute, ao Guardian. “As 2 linhagens podem se comportar de maneira diferente.”
De acordo com Balloux, a ômicron tem uma alteração genética na proteína spike chamada de deleção. A falha, que também ocorre na variante alfa, faz com que testes PCR não a identifiquem.
A variante pode ser detectada pelos demais testes usuais no diagnóstico de covid-19 e no sequenciamento de genoma.
Pesquisadores disseram que é muito cedo para saber se a nova versão da ômicron se espalhará da mesma maneira que a variante padrão.
A variante ômicron já foi detectada em mais de 20 países, mas a África do Sul e Botsuana continuam a ser responsáveis por 62% dos novos casos confirmado no mundo.
Fonte: Poder 360
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