Oposição denuncia governo por compra de voto; Planalto rebate
Deputados pró-impeachment acusam o governo de aliciar políticos com cargos e promessas. PPS, DEM, PTB, PSDB e PSC acusam o governo de praticar corrupção ativa, corrupção passiva e desvio de finalidade. A denúncia foi apresentada à Polícia Federal, já que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não tem plantão no fim de semana.
O ministro-chefe da Advocacia Geral da União, José Eduardo Cardozo, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que “não tem nenhuma ilegalidade” nas nomeações que o governo federal está fazendo e foram publicadas no Diário Oficial extra deste sábado, 16, e “muito menos” no decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff (PT) transferindo terras da União para o Amapá.
Cardozo disse ainda que o que a oposição está fazendo é crime de denunciação caluniosa. “Francamente, chamar de corrupção a nomeação para cargos, eu acho que é uma verdadeira denunciação caluniosa, que é crime também”, ironizou. Questionado se o governo ia reagir às ações da oposição, o ministro respondeu: “deixa eles fazerem. Na hora que demonstrar que não é corrupção, aí vai ficar caracterizado que quem denunciou está cometendo crime de denunciação caluniosa. E aí, obviamente, as providências serão tomadas”.
Publicação de nomeações
Em relação à publicação de nomeações no Diário Oficial extra, o ministro Cardozo afirmou: “O governo tem todo direito de nomear cargos dentro daquilo que considera ser a formação de sua base, sua nova base, que é a base governista”.
O governo afirma que tal ação faz parte do ajuste normal dentro da máquina administrativa, em razão da saída de vários partidos da base aliada.
A edição extra do Diário Oficial da União traz uma grande movimentação, com nomeação de dezenas de servidores em cargos de segundo e terceiro escalão do governo. A oposição diz que estas nomeações são para garantir votos de parlamentares contra o impeachment.
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