Atirador de Novo Hamburgo: “Nunca vi resistência tão feroz de um atirador”, relata policial
O combate com o atirador de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, que se iniciou na noite de terça-feira (22) e terminou na manhã desta quarta-feira (23) deixando três mortos e nove feridos, foi relatado pelos policiais como atípico pela resistência e por conta dos ataques do atirador, o caminhoneiro Edson Fernando Crippa, de 45 anos.
“Tenho 34 anos de Brigada Militar e até hoje não vi uma ocorrência com resistência tao feroz de um atirador, municiado com centenas de estoques. Ele deu mais de 100 tiros, além das centenas de munições intactas apreendidas na residência. A ocorrência toda foi extremamente complexa, diante da resistência dele, mas em especial a retirada das pessoas. É uma ocorrência muito diferente”, relatou o comandante Claudio Feoli, comandante-geral da Brigada Militar.
Ainda de acordo com a polícia, além da resistência, Crippa tinha diversas armas e munições no interior do imóvel. “É um cenário de guerra. Ele tinha farta munição”, classificou o chefe da Polícia Civil gaúcha, o delegado Fernando Sodré.
Os policiais ainda relataram que o atirador de Novo Hamburgo não cedia a nenhuma das tentativas de conversas e negociações, respondendo com muitos tiros. Foram mais de cem disparos.
Segundo a polícia, Crippa pertencia ao grupo de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), com três registros para posse de armas, na Polícia Federal e no Exército. Todas as armas estavam registradas e em acordo com a legislação.
A legislação exige laudo psicológico para CACs que ateste que a pessoa tem condições de adquirir uma arma. No entanto, Crippa tinha histórico de quatro internações por esquizofrenia, as quais a polícia diz não ter identificado se ocorreram antes ou depois do registro das armas.
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