País da ilegalidade: Polícia prende quadrilha especializada em adulteração de veículos no DF
Uma quadrilha especializada em roubo e furto de veículos é alvo de uma operação da Polícia Civil, nesta manhã de sexta-feira (27/11). A ação, intitulada “Replay” cumpre 12 mandados de prisão preventiva contra suspeitos de adulteração de sinais identificadores de automóveis, segundo a investigação da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV). Até por volta de 7h30, ao menos sete pessoas já haviam sido presas. Uma pistola e munição, além de dois veículos com placas clonadas foram apreendidos
Segundo a apuração da polícia, os suspeitos receptavam veículos, adulteravam sinais identificadores e falsificavam o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) para comercializá-los. Os carros eram vendidos no Distrito Federal e Tocantins. Além das prisões, policiais cumprem 15 mandados de busca e apreensão nas regiões de Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Santa Maria, Luziânia (GO) e Águas Lindas de Goiás, as duas últimas localizadas no Entorno do DF.
A investigação, que durou cerca de nove meses, demonstrou que a organização estimulava roubo e furtos de veículos. O delegado-chefe da DRFV, Marco Aurélio de Souza, detalhou que os carros adulterados foram inclusive utilizados para outras ações criminosas, como explosão de caixas eletrônicos e tráfico de drogas. Grande parte dos veículos era oferecida e comercializada a terceiros que atuavam como receptadores que tinham conhecimento da origem ilícita. “O grupo chegava a cobrar R$ 2,5 mil pelo trabalho de adulterar todos os sinais identificadores dos veículos, placas e documentos. Eles não tinham preferência por carros. Pegavam desde caminhonetes até motos e mudavam o que precisava”, destacou.
Na chácara do líder do grupo, de 41 anos, a polícia encontrou 50 documentos do CRLV em branco para serem adulterados, além de dois carros. Segundo a investigação, ele é o principal clonador de veículos atualmente do DF e era responsável pela modificação de todos os sinais de motos, carros e caminhonetes, incluindo o fornecimento de placas e do documento emitido pelo Departamento de Trânsito do DF (Detran). Ele possui passagens pela polícia.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher dele, de 33 anos, auxiliava no recebimento de dinheiro, entrega de documentos e placas. Segundo a investigação, ela participava ativamente e atuava na consulta dos cadastros de carros a serem clonados, verificando o modelo, ano de fabricação e cor dos carros roubados e furtados. A mulher não tinha passagens pela polícia.
Outras 10 pessoas participavam do esquema, sendo nove com antecedentes criminais. Todos eles vão responder pela prática de organização criminosa, receptação, adulteração de sinais identificadores de veículos, uso de documento falso e falsificação de documento público. Todas as penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão.
Correio Braziliense
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