Papa Francisco recebe Letícia Sabatella, que denuncia ‘golpe’ no Brasil
Participou também do encontro a juíza Kenarik Boujikian Felippe, do Tribunal de Justiça de SP. Elas entregaram ao pontífice uma carta escrita pelo advogado Marcello Lavenère, autor do pedido de impeachment de Fernando Collor, em 1992, e membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB). Lavenère, hoje, é um dos principais críticos do afastamento de Dilma.
“Ele nos ouviu atentamente, nos disse que irá orar pelo povo brasileiro, que se preocupa com o Brasil. E, perguntado sobre a postura de um diálogo necessário sobre o nosso ponto de vista, reiterou que o diálogo é sim uma necessidade para a construção de um mundo melhor para todos”, afirmou Boujikian Felippe à Rádio França Internacional (RFI). Segundo ela, uma das fundadoras da Associação de Juízes para a Democracia, o objetivo foi mostrar ao papa “o lado dos movimentos sociais” na atual crise política.“Esse clima de intolerância é como uma doença, acho que é pertinente pedirmos auxílio e levarmos ao papa o que está acontecendo. Existe uma sombra, um ódio, uma busca pelo bode expiatório que não vai resolver a situação sistemática do país”, completou a atriz, também em entrevista à RFI.
A carta de Marcello Lavenère, por sua vez, afirma que o Brasil “se encontra na iminência de sofrer um ‘golpe de estado’” e que o impeachment de Dilma é “desprovido de fundamento legal”. Outro argumento do advogado é a questionável articulação política dos parlamentares e partidos da oposição, muitos envolvidos em investigações de esquemas de corrupção, além do fato que o processo anularia os votos de 54 milhões de brasileiros.
“Esta conjuntura tem réplicas em outros países sul-americanos em que governos com a mesma orientação contrária à visão neoliberal e em favor de políticas de inclusão foram ou estão na iminência de serem desestabilizados”, diz o documento, solicitado por João Pedro Stedile, diretor nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
Clique aqui para ler, na íntegra, a carta assinada por Marcello Lavenère, disponibilizada pelo portal Brasil de Fato.
Foto: Marcello Lavenère/Reprodução
2 Comentários
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Carlos
maio 5, 2016, 3:53 amPTRALHAS, COMUNISTAS DO DIABO
Raimundo Doido
maio 5, 2016, 6:34 pmCarlos, quando a CPMF voltar e o seu salário ficar tendo aumento de 1% ao ano, a gasolina a R$ 7,00, você vai ter saudade dos PTralhas, de Seu Lunga, dos concurso, da faculdade que não pode pagar, da sua posição não tão grande social, e acima de tudo de não ter meios de conseguir sair da crise, meta o dedo no nariz e saia as ruas gritando “TÔ LASCADO”, talvez você nunca viu uma crise, onde o governo seja socorrido pelo FMI que passa a culpa no salário do trabalhador, agora se você é politico (esqueça se for vereador ou sonha não vale) ou se é rico esqueça de tudo que está escrito, parabéns procure um pobre e culpe da merda que fez.