PF cumpre mandados em área de luxo do Recife

A operação Lava Jato cumpre, na manhã desta sexta-feira, três mandados de busca e apreensão em Pernambuco. Vinte e cinco policiais federais, acompanhados de três procuradores da República, participam da ação em apartamentos de luxo na Avenida Boa Viagem, localizados nos edifícios de números 5354 e 1230. Há também um outro mandado, também de busa e apreensão, na empresa Cone S/A, localizada na BR-101, no Distrito Industrial do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR).

O objetivo é recolher documentos, aparelhos de informática e valores em dinheiro. A nova fase da operação foi batizada de Sepsis, que é uma infecção geral grave do organismo causado por germes. Os detalhes sobre a operação serão divulgados por meio de um nota oficial que dever será emitida pela Polícia Federal em Brasília.

As ordens judiciais estão sendo cumpridas por ordem do ministro-relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki. O grupo JBS Friboi, em São Paulo, é um dos alvos dos policiais.

Uma das primeiras prisões anunciadas foi a do empresário Lúcio Bolonha Funaro, amigo do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Funaro é suspeito de achacar grandes empresas em parceria do parlamentar.

A ação da PF tem origem em duas delações premiadas: a do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto e a do ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Hypermarcas Nelson Mello. Uma delação premiada, firmada com a Procuradoria-Geral da República, aponta o suposto repasse de propinas milionárias para senadores do PMDB, entre eles o presidente do Congresso, Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM). Nelson Mello afirmou em seu depoimento aos procuradores que pagou R$ 30 milhões a dois lobistas com trânsito no Congresso para efetuar os repasses. Lúcio Bolonha Funaro e Milton Lyra seriam os responsáveis por distribuir o dinheiro para os senadores.

As últimas fases da Lava-Jato ordenadas pelo STF foram “Catilinárias”, em dezembro, quando foram feitas buscas contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a prisão do então senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS), em novembro, e “Politeia”, quando foram feitaas buscas relacionadas a senadores, como Fernando Collor (PTB-AL), em julho de 2015.

Com informações do Correio Braziliense e da Agência Estado

 

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