Polícia descobre plano de milicianos para assassinar Freixo; deputado cancela agenda
No fim da tarde desta quinta-feira (13), O Globo divulgou com exclusividade um relatório da inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro com detalhes de um plano que um grupo de milicianos elaborou para tentar assassinar o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). De acordo com o documento, a execução estava programada para ocorrer neste sábado (15).
A publicação informou que três homens estão envolvidos no plano: um policial militar e dois comerciantes, todos ligados a um grupo de milicianos da Zona Oeste da cidade já investigado pela Divisão de Homicídios (DH) pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes. Um deles teria atuado por um tempo como assessor de um político cuja identidade não foi revelada.
A execução de Freixo aconteceria durante um encontro com militantes e professores da rede particular de ensino no sindicato da categoria em Campo Grande. A atividade era pública e havia sido divulgada pelo próprio deputado em suas redes. Após a descoberta da ameaça, sua agenda foi cancelada.
Nas redes sociais, a equipe de Freixo comentou caso. “No mês em que a aprovação do relatório da CPI das Milícias completa 10 anos, Freixo, que presidiu as investigações na Alerj, recebeu nova ameaça de morte, registrada pelo setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública no dia 12 de dezembro. A CPI foi um marco no combate ao crime organizado no Rio: mais de 200 pessoas foram indiciadas e os principais líderes das quadrilhas, entre eles vereadores e deputados, foram presos. A Comissão também apresentou 48 medidas concretas a serem adotadas por autoridades do Município, Estado e União para enfraquecer e derrotar essa máfia, mas nada foi feito”, escreveu.
“Milicianos continuam assassinado, ameaçando autoridades, tiranizando milhares de pessoas abandonadas pelo Estado nas regiões mais pobres do Rio. Freixo é deputado federal eleito. Por isso, não se trata apenas de uma ameaça pessoal, é mais do que isso. Trata-se de uma ameaça à democracia”, completou em seguida.
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