Policiais mudam rotina de vida por questão de segurança pessoal

Este ano, no Rio Grande do Norte, 16 agentes de segurança pública já foram mortos em virtude da violência urbana – ao menos até o fechamento desta edição – sendo que 14 deles eram policiais militares. Homens que trabalhavam diretamente com o combate ao crime que foram vítimas, exatamente, do que combatiam. Nunca se matou tantos policiais no estado como em 2017. Entre 2015 e 2016, os homicídios de PMs se mantiveram em sete em cada ano, conforme dados do Observatório da Violência Letal Intencional do RN (Obvio-RN).

Somente neste mês de julho dois PMs já foram assassinados por criminosos; o último deles foi o cabo Gean Kleber, 45, morto na noite da última terça-feira quando reagiu a um assalto, em Macaíba. O medo e a revolta tomam conta da categoria e de seus familiares. Os policiais se dizem reféns da violência urbana, justamente eles, que tratam diretamente com ela.

Na terça-feira passada, mesmo dia em que o cabo Gean morreu, aconteceu o velório e sepultamento do soldado Norberto de Souza Câmara, 39, morto, no dia anterior, com nove tiros disparados pelas costas, no bairro do Alecrim, em Natal. Ele era lotado no 9º Batalhão de Polícia Militar, responsável pela Zona Oeste da capital.

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