Policial que matou Daunte Wright é acusada de homicídio culposo
Foto: Hennepin County Sheriff’s Office via REUTERS
A policial americana Kim Potter, de 48 anos, que atirou e matou Daunte Wright, foi acusada por homicídio culposo, informou nesta quarta-feira (14) um promotor do estado de Minnesota. Ela está presa em uma penitenciária local, onde aguardará audiência com um juiz. Potter afirmou ter se enganado na hora da abordagem (Veja vídeo abaixo).
Segundo ela, pensou estar usando o taser, uma arma de choque, mas disparou um revólver contra Wright, de 20 anos. Ela pediu demissão da polícia. Ela atuou como policial durante 26 anos e no momento do incidente participava de um treinamento com outros policiais.
Wright foi abordado pelos agentes no domingo (11) por circular em um veículo com a documentação atrasada e deixar algo pendurado no retrovisor. Ao confirmar a identidade de Wright, os policiais encontraram um mandado de prisão em aberto e recebeu voz de prisão. Ele tentou se desvencilhar dos policiais enquanto era algemado e conseguiu voltar ao carro. Foi então que ela disparou contra Wright.
Foi o chefe de polícia – que também se demitiu – que afirmou que ela queria usar o taser, e não a arma, quando disparou contra Wright. A polícia classificou a morte de Wright como “acidental” e divulgou o vídeo da abordagem, em que a policial grita “taser” três vezes, mas saca a sua arma de fogo e atira.
O advogado Jeff Storms refuta a versão da polícia.
“Acidente é derramar um copo de leite, não é acidente sacar uma arma. Não é acidente apontar uma arma para alguém, nem é um acidente ignorar o fato de que o que você tem na mão não pesa o mesmo que um taser”.
Para o ativista Toshira Garraway, a morte de Wright é mais exemplo da brutalidade policial e discriminação contra a população negra nos EUA.
“Queremos que o mundo saiba que esses não são incidentes isolados”, afirmou Garraway durante o protesto. “George Floyd e Daunte Wright são o rosto de centenas de assassinatos aqui no estado de Minnesota”. Veja mais em G1
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