Política de valorização tornou salário-mínimo um seguro contra a pobreza, diz Dieese
Assegurar uma regra de aumento do salário-mínimo, independentemente dos ventos da economia e da política, é valorizar o trabalhador e melhorar as condições de educação, saúde e consumo da população mais pobre. A avaliação é de Lilian Marques, assessora técnica do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O órgão de pesquisas calcula que entre, 2002 e 2016, o salário-mínimo no Brasil teve 77% de valorização real ou seja, acima da inflação. Esse processo foi reforçado a partir de 2011, quando foi estabelecido por lei (Lei 12.382/2011) um critério objetivo para definir o reajuste: o índice de inflação do ano anterior, acrescido da taxa de crescimento da economia de dois anos antes.
Para Lilian Marques, esse resultado alterou o mercado de trabalho e resgatou milhões de pessoas da pobreza, inclusive aquelas que já tinham carteira de trabalho assinada. “O salário era tão baixo que ele estava na linha da pobreza. Com a atual regra de correção do valor, houve um resgate desses trabalhadores da pobreza. Hoje ter uma carteira assinada ou receber um salário um pouco acima do mínimo te coloca em outro patamar de consumo e de qualidade de vida”, afirma.
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