Presa dupla autora de assalto e estupros em Parnamirim
Os policiais civis da 1ª Delegacia de Polícia de Parnamirim, com apoio da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), prenderam em flagrante nesta quarta-feira (25) Euclides Tomas, de 18 anos, e Jeová Soares, de 23 anos, acusados pelo assalto à uma residencia e pelo estupro de mãe e filha, uma adolescente.
O CRIME
O crime aconteceu nesta terça-feira (24) em uma residencia, localizada no bairro Bela Parnamirim, em Parnamirim. No momento em que a dupla invadiu a casa e rendeu a família encontravam-se pai e filhos, dois meninos, de 7 e 11 anos, e uma adolescente de 14 anos, tendo a mãe chegada em seguida na casa.
A dupla recolheu diversos pertences da casa, desde perfumes e botijão de gás à celulares, computadores e o carro do família, utilizado na fuga do local. Depois de terem colocado todos os objetos no carro, um dos assaltantes teria, então, estuprado mãe e filha.
A PRISÃO
Após diligencias e de encontrarem o carro da família abandonado, Euclides e Jeová foram localizados pela equipe da 1ª DP na tarde de hoje em uma granja, localizada no bairro Nova Esperança, também em Parnamirim. Com a dupla os policiais apreenderam diversos pertences das vítimas, subtraídos durante o assalto, além de um revólver, utilizado durante o crime.
Encaminhados a delegacia a dupla foi reconhecida pelo patriarca da família. A equipe policial da DEAM, responsável pelo atendimento às vítimas do estupro, realizou então com um das vítimas o reconhecimento através de fotos, durante o qual a mesma teria inclusive passado mal.
Para o delegado da 1ª DP de Parnamirim, Júlio César, não há dúvidas que a autoria dos crimes seja de Euclides e Jeová, tendo inclusive os mesmos confessado o assalto a casa. “Este é um caso de resposta rápida e efetiva da Polícia Civil. Mesmo não assumindo o abuso sexual, temos provas suficientes para identificar o autor do estupro”, destacou o delegado.
Euclides e Jeová foram flagranteados pelos crimes de roubo qualificado e estupro e já foram encaminhados para o Sistema Prisional.
Combate à violência contra a mulher
Durante a entrevista coletiva concedida à imprensa o diretor adjunto da Polícia Civil da Grande Natal, delegado Júlio Costa, relembrou que hoje, 25 de novembro, comemora-se o Dia de Combate à Violência Contra a Mulher.
Em alusão a data, Rhanna Diógenes, de 23 anos, vítima de violência em 2011 quando teve o braço fraturado em uma boate de Natal, esteve presente na entrevista, pedindo o apoio da sociedade no combate a este tipo de violência.
Leia abaixo o depoimento de Rhanna
“Há 4 anos tive meu direito tolhido de dizer “não.” Através de um golpe brutal em meu braço direito, um covarde vomitou seu ódio à vida. Esse ódio materializou-se ao som da fratura em meus ossos, além de poder sentir na pele a dor física, senti na alma a dor da vergonha e da humilhação, não podia acreditar que aquilo havia acontecido comigo.
Aconteceu. Engoli a seco qualquer sentimento que me fizesse acreditar que aquilo não seria “nada demais”, e tomei o primeiro passo, DENUNCIEI.
Talvez se eu tivesse pensado só em mim, eu não teria chegado até aqui, mas acredite, eu denunciei por VOCÊ! por sua irmã, sua mãe, sua avó, seu amiga, sua tia, SUA FILHA, pois eu sabia que aquele sujeito acabaria vomitando seu ódio em outras mulheres, da mesma forma que fez comigo, colecionando mais vítimas e semeando mais desamores, assim como já estava acostumado a fazer.
Se eu não puder dizer não, do que vale o meu sim? ABSOLUTAMENTE NADA.
Aqui vai meu grito, DENUNCIEM!
O silencio das vítimas, é a impunidade dos algozes. Se você não consegue fazer isso por si mesma, faça por alguém que ama e imagine que poderia ter sido com ela. Esqueça o medo, você não esta só, essa batalha é de todos nós.
A violência é uma só aos 4 cantos do mundo. E se continuarmos com essa cultura de acreditar que é necessário o seu uso como método para atingir o que queremos, iremos permanecer na sombra da ignorância, nada será resolvido, e a única conquista é o plantio do ódio.
25 DE NOVEMBRO DIA INTERNACIONAL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.
O caso pode ser meu, mas a causa deve ser nossa.”
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