Produtora de Elijah Wood, ator de ‘Senhor dos Anéis’, fará filme com ‘versão popular’ de Zé do Caixão
Foto: Flávio Florido/Folha Imagem
Zé do Caixão irá voltar para as telas de cinema, mas dessa vez, em inglês. O personagem criado por José Mojica Marinhs irá ganhar um remake norte-americano e um remake mexicano, segundo o site Screen Daily.
Os projetos são conduzidos por duas produtoras. A produção é da SpectreVision, fundada por Elijah Wood, famoso pelo papel de Frodo em ‘O Senhor dos Anéis’. Já a distribuição internacional é da britânica OneEyed Films, que se responsabiliza pelas vendas do personagem.
Em pronunciamento, a SpectreVision disse que a ideia é trazer “uma versão mais mainstream, acessível e atualizada do Zé do Caixão, fiel ao público que o adora desde sempre, mas apresentando-o para uma audiência nova e mais ampla”.
Um dos filmes será produzido nos Estados Unidos e outro no México. O longa em espanhol já está em fase de roteirização, a cargo da dupla Lex Ortega e Adrian Garcia Bogliano, famosos por ‘Animales Humanos’.
O personagem de José Mojica Marins ficou famoso em 1964, no filme ‘À Meia-Noite Levarei a sua Alma’. Zé do Caixão era um coveiro envolvido em artes místicas, que busca uma vítima para ser a mãe do filho demoníaco. Icônico, o personagem apareceu em vários filmes e programas de TV, até a morte do ator, em 2020, aos 83 anos.
O lendário Zé do Caixão, o personagem icônico criado pelo cineasta brasileiro José Mojica Marins, deve retornar para as telas em dois projetos no cinema. Um deles, a cargo da produtora SpectreVision, fundada pelo ator Elijah Wood, muito conhecido por interpretar Frodo na franquia “Senhor dos Anéis”, e pelos diretores Daniel Noah e Josh C. Waller.
A empresa do Reino Unido One Eyed Films, que detém os direitos do personagem, confirmou ao site Screen Daily que assinou o contrato com a companhia de cinema de Los Angeles.
Segundo a companhia inglesa, a produtora americana fará “uma versão mais popular, acessível e atualizada do antagonista. Fiel ao público que já conhece o Zé do Caixão, mas apresentando o personagem para um público novo e mais amplo”.
O segundo projeto com o coveiro será um longa em espanhol, que está em fase de roteiro, escrito pelos cineastas Lex Ortega e Adrian Garcia Bogliano. Ortega dirigirá o filme, que reinventará uma história mexicana para o personagem.
“Faz sentido criar novas histórias tanto nos EUA — onde os filmes de “Coffin Joe” (Nome que o personagem recebeu no cinema americano) cativaram toda uma geração de fãs de terror desde os anos 1970 — quanto no México, onde analogias culturais podem ser extraídas do cenário original do personagem, mas criando uma nova abordagem”. afirmou ao Screen Daily Betina Goldman, diretora-gerente da One Eyed Films.
PERSONAGEM DEIXOU SAUDADES
Desde o lançamento de “À Meia-Noite Levarei Sua Alma” (1964), quando o personagem foi interpretado pelo próprio José Mojica Marins, Zé do Caixão já apareceu em mais nove filmes e três séries de televisão, bem como em canções, videoclipes e histórias em quadrinhos.
Mojica morreu em fevereiro do ano passado, aos 83 anos, em decorrência de uma broncopneumonia. Ao longo da carreira, o artista participou de 40 filmes como diretor e mais de 60 produções como ator, entre curtas-metragens, longas, documentários e séries.
Foi durante um pesadelo, no início de 1963, que o inferno acenou pela primeira vez para José Mojica Marins. O diretor tinha 27 anos e já contabilizava dois longas-metragens em seu currículo: o faroeste “Sina de aventureiro” (1957) e o drama “Meu destino em suas mãos” (1961). No sonho, ele era arrastado para uma cova por um homem todo de preto, que tinha seu rosto.
Ao despertar, assustado com a imagem daquele sujeito na cabeça, ele criou um dos personagens mais famosos da história do cinema brasileiro: o coveiro Josefel Zanatas, conhecido (e temido) ao longo de seus 51 anos de existência pela alcunha de Zé do Caixão. E com ele, a produção audiovisual do Brasil abria os olhos para um dos filões mais populares da ficção: o horror, gênero no qual Mojica virou um mestre, dirigindo e atuando.
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