Queijo artesanal de Cruzeta é premiado com medalha de prata no 15º Enel
Os 15 anos de trabalho de Maria Roseane Soares na produção de queijo artesanal em Cruzeta foram reconhecidos nessa quarta-feira (7) durante o Encontro Nordestino de Leite e Derivados (Enel). A queijeira Original Sertão foi premiada com a medalha de prata na categoria Queijo de Coalho Artesanal no Concurso de Queijos Regionais promovido durante o encontro no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim.
Roseane e o esposo e sócio, Marcelo, foram reconhecidos entre mais de 130 queijeiros artesanais participantes do Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Bahia. “É uma alegria muito grande para nós e um reconhecimento ao nosso trabalho. Há anos lutamos para manter a tradição da queijeira familiar e fazer o negócio crescer”, diz a produtora. O casal faz parte do grupo de 39 queijeiros que estão sendo beneficiados com recursos do Governo do Estado.
Por meio do Edital de Leite e Derivados lançado ano passado pelo projeto Governo Cidadão, eles foram selecionados e terão a queijeira construída e equipada com recursos do acordo de empréstimo com o Banco Mundial. Serão investidos R$ 505.445,39 para construir o prédio, equipá-lo e certificá-lo junto aos órgãos de fiscalização. “Estamos ainda mais perto de realizar nosso sonho. São mais de 15 anos no mercado e nunca tivemos oportunidade de nos legalizar e vender para grandes supermercados. Agora temos fé que vai dar certo”, projeta.
O secretário de Gestão de Projetos e Metas, Fernando Mineiro, comemorou o resultado obtido pelos queijeiros de Cruzeta. “O prêmio tão merecidamente conquistado por Roseane e Marcelo mostra que estamos no caminho certo. Incentivar o pequeno produtor e fortalecer a agricultura familiar seguem sendo uns dos pilares do governo da professora Fátima Bezerra”, destacou.
Saiba mais
O Edital de Leite e Derivados é uma iniciativa do Governo do Estado, via Governo Cidadão, Secretaria de Agricultura e Banco Mundial, e tem como objetivo estruturar e equipar as queijeiras do Seridó, em um investimento total de R$ 20 milhões. Ao todo, 39 queijeiras estão ligadas às duas cooperativas selecionadas na chamada pública – Capesa e Coafs. Ao fim da execução, elas estarão regularizadas de acordo com as exigências sanitárias exigidas por lei e aptas a entrarem no mercado formal.
Serão feitos a adequação da infraestrutura, aquisição de maquinário e equipamento necessário, melhoria na logística do transporte, comercialização e capacitação dos funcionários da comunidade. A regularização é importante para que as cooperativas recebam o selo das instituições sanitárias vigentes: Serviço de Inspeção Municipal; Instituto de Defesa e Inspeção Sanitária (IDIARN); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
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