Atualizado: Renan Calheiros pede prisão de Wajngarten por mentir na CPI da Pandemia; Presidente da CPI da Pandemia nega pedido
Foto: Arquivo
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, pediu na tarde desta quarta-feira (12) a prisão de Fabio Wajngarten, ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República. O senador acusa Wajngarten de mentir à CPI, onde o depoimento é dado sob a obrigação de dizer a verdade. “Vossa Excelência, mais uma vez, mente. Mentiu diante dos áudios agora publicados, mentiu por ter mudado a versão sobre a entrevista que deu e continua mentindo. Evidente que essa decisão será do presidente desta Comissão, mas esse é o primeiro caso de alguém que vem à comissão parlamentar de inquérito e em desprestígio da verdade, mente”, criticou Calheiros.
Embora o senador tenha feito a afirmação, o pedido cabe ao presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-BA).
O artigo 58 da Constituição prevê que CPIs têm poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, o que concede poder para que o presidente da comissão peça prisão em caso de flagrante. A possibilidade de o ex-secretário de comunicação da presidência Fábio Wajngarten sair preso da CPI da Pandemia nesta quarta-feira (12) foi discutida por senadores durante o intervalo da sessão.
Um dos episódios citados pelo senador Renan Calheiros diz respeito à entrevista dada por Wajngarten à revista “Veja”. De acordo com a publicação, o ex-secretário afirmou que “houve incompetência” na aquisição das vacinas da Pfizer, o que Wajngarten negou à CPI. A revista “Veja” divulgou áudio da entrevista concedida, em que o ex-secretário afirma o seguinte, quando questionado sobre o tema: “Incompetência, incompetência. Quando você tem um laboratório americano com cinco escritórios de advocacia apoiando na negociação e você tem do outro lado um time pequeno, tímido, sem experiência, é 7 a 1”.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia de Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-BA), disse que não vai pedir a prisão do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten.
Aziz justificou a decisão afirmando que “não é impondo a prisão de alguém que a CPI vai dar resultado” e que não é uma pessoa injusta.
“Ele foi chamado aqui como testemunha. Com Randolfe [Rodrigues] e Alessandro [Vieira], ele não mentiu nenhuma hora. Temos que ter muita cautela para não sermos um tribunal que está condenando. […] Se depender de mim eu não vou mandar prender Wajngarten. Não quero ser injusto com alguém porque não quero fazer com os outros o que não gostaria que fizessem comigo”, declarou, ressaltou. “Aqui não é um tribunal de julgamento. Se quiserem contra a minha vontade, façam. Eu não vou dar ordem de prisão a ele. Qualquer um pode fazer, que o faça e responda pelos seus atos”.
O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), divergiu de Aziz e ressaltou que estava diante de “flagrante evidente”, mas que não queria “sobrepujar” a posição do presidente da comissão. “Se esse depoente sair daqui ileso vamos fechar uma porta. Se houve crime de genocídio no Brasil e tem algum responsável por isso, é o que temos que responder”, disse Renan. POR CNN BRASIL (VEJA AQUI)
Matéria em atualização
1 Comentário
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João Batista de Oliveira
maio 5, 2021, 5:47 pmQuem é Renan Calheiros pra pedir prisão de ninguém ? quem deveria está preso era ele. Se fosse num país que a justiça tem moral ele estava. Quem já viu bandido investigar ninguém ? Só no Brasil mesmo .