Ricardo Lagreca completa sete meses à frente da pasta da saúde
Regionalização da saúde, cogestão e educação permanente. Estes são os principais pilares da gestão de Ricardo Lagreca à frente da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). Em sete meses no comando da pasta a reestruturação da saúde estadual vem ocorrendo de forma cooperativa e solidária, envolvendo, trabalhadores, gestores e usuários, por meio da participação do controle social.
Os desafios encontrados, como o desabastecimento e déficit de recursos humanos, vem sendo superados a cada dia com importantes ferramentas de planejamento e gestão, como o Plano de Metas e o Plano Plurianual. O pagamento de processos de prestação de serviços atrasados contribuiu para o resgate da credibilidade dos prestadores na gestão e o estabelecimento de uma nova relação.
O processo de regionalização pretende, na prática, diminuir as iniquidades regionais e ofertar uma atenção de qualidade, de forma organizada e mais próximo possível da população. A organização dos serviços no âmbito da atenção básica deve ser responsabilidade dos municípios, com as ações de atenção secundária ficando a cargo da responsabilidade solidária dos municípios da microrregião e as ações de alta complexidade sob a responsabilidade das Secretarias Estaduais de Saúde.
As constantes visitas feitas aos hospitais regionais, as reuniões frequentes com os diretores hospitalares e encontros mensais com os servidores fazem parte do processo de cogestão, que valoriza o servidor público, reorganiza os processos de trabalho e qualifica os gestores.
A qualificação é outro ponto fundamental conquistado nos últimos sete meses. A elaboração de uma Política Estadual de Educação Permanente e articulação com universidades para oferta de mestrados vem garantindo um incremento na força de trabalho. Além disso, já está sendo feito o planejamento da provisão de cargos vagos para realização de concurso nas áreas administrativas e assistencial em 2016.
A estrutura física e equipamentos utilizados nos hospitais estaduais também vem sendo remodelados, com aquisição de ambulâncias para os hospitais Santa Catarina, João Machado, Cleodon Carlos de Andrade (Pau dos Ferros) e Deoclécio Marques, modernização do parque tecnológico dos hospitais Walfredo Gurgel (com investimentos do programa federal SOS Emergências), Santa Catarina e Maria Alice, além de obras de adequação e reforma em 25 maternidades no Estado e licitações concluídas para aquisição de equipamentos para 21 maternidades – com recursos do Banco Mundial, através do RN Sustentável.
Pensando o futuro da rede hospitalar, a Sesap vem articulando a implantação do Hospital Terciário, para atendimentos do trauma e doenças com índice de mortalidade muito elevado no estado – cardiovasculares e cerebrais – se configurando em um apoio estratégico para suporte às regiões, por meio de um sistema de referência e contrarreferência para os demais pontos de atenção.
“A gente começa a pensar a regionalização da saúde como uma ação principal deste estado. Quando eu falo em regionalização eu falo em cogestão. O SUS tem somente 27 anos e algumas coisas como a regionalização já foram pensadas. Não estamos colocando a regionalização como uma coisa nossa, não. O SUS já vem pensando isso. Em algumas regiões ela já foi implantada e em outras não. Mas isso não significa uma tragédia. Ao contrário, ao longo do tempo fizemos a nossa crítica para chegar a nossa regionalização”, disse Lagreca.
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