Rogério: ‘Protesto de estudantes deveria ter ocorrido quando Dilma cortou R$ 10 bilhões da educação’
O movimento de estudantes que tomou escolas pelo país, há cerca de um mês, levou ao adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio, de parte dos estudantes. As provas foram marcadas para os dias 3 e 4 de dezembro. Já as escolas que não estão no alvo dos manifestantes vão receber mais de 8,5 milhões de candidatos, neste sábado e domingo. Os estudantes protestam contra a medida provisória que reformula o ensino médio e a proposta de emenda à Constituição que estipula um teto para os gastos públicos.
Para o deputado federal Rogério Marinho (PSDB), a ocupação das escolas pelos estudantes é uma invasão que tira o direito de 191 mil estudantes, que deixarão de fazer o Enem no próximo fim de semana. Segundo ele, o protesto está atrasado e deveria ter sido feito à época dos cortes de R$ 10 bilhões para a educação, impostos pelo governo Dilma no Orçamento de 2015.
“Toda manifestação pública é legítima, desde que se respeite o direito dos outros. Invasão de escolas é uma agressão ao direito da maioria. Os estudantes que estão contrários a PEC 241 ou a MP poderiam perfeitamente fazer sua manifestação nas ruas das cidades. Mas estão proibindo que outros estudantes possam estudar”, disse o parlamentar durante debate ao vivo nesta sexta-feira (04), na Rádio Câmara, com o deputado federal Gláuber Braga (Psol-RJ).
Ainda de acordo com o tucano, muitas dessas manifestações em escolas do país estão sendo “instrumentalizadas por entidades não governamentais e partidos políticos com claro viés ideológico, o que retira a legitimidade do movimento”. “Não vimos nenhuma manifestação quando no ano passado houve corte de mais de R$ 10 bilhões pela presidente Dilma apenas da Educação, ou com a corrupção desenfreada do governo do PT que retirou recursos de todos os setores, ou com os números da educação do país, que mostram que a qualidade da educação diminuiu”, completou.
Na opinião de Rogério Marinho, “há uma clara confusão entre o que é público e o privado. Há segmentos da sociedade que se acham donos das escolas, das universidades, do espaço público. Eles dizem que os estudantes estão em um espaço público, que é deles, as escolas. Esse espaço é da sociedade brasileira que paga um imposto alto por isso”.
Rogério também questionou o fato de que assembleias de estudantes teriam decidido pelas ocupações. “Quantos estudantes participaram? Quem eles representavam? É uma minoria que impõe sua vontade na maioria. A escola pertence a sociedade. Essas manifestações restringem o direito da maioria e, por isso, recebem o repúdio da sociedade”.
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