Preso a uma decisão monocrática do STF, Salatiel relativiza o próprio discurso em troca da atenção de Nilda [polarização]: Vídeo
A Justiça Eleitoral de Parnamirim manteve nesta quarta-feira, 28, a candidatura de Salatiel de Souza a prefeito da cidade, sob o argumento de que existe uma decisão monocrática, proferida por um único ministro do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, afastando a inelegibilidade dele.
Como a decisão é do Supremo, a Justiça Eleitoral de Parnamirim alegou que não pode contradizer uma decisão de instância superior mesmo que ela não seja de um colegiado.
Apesar da decisão de hoje, a situação jurídica e eleitoral de Salatiel continua complexa. Mesmo ainda sendo candidato, a fragilidade política e jurídica dele não mudou em nada, só se arrastará ainda mais nos tribunais.
A decisão favorável será provavelmente contestada e sairá de Parnamirim, subindo em grau de recurso para o TRE, em Natal, e depois em mais recursos até o TSE, em Brasília.
Então, mesmo ganhando agora uma decisão jurídica temporária em Parnamirim, Salatiel não leva em definitivo. A causa jurídica dele é precária. Ele só é candidato, neste momento, por uma decisão de um ministro do Supremo Tribunal Federal que ainda não foi apreciada pelo colegiado.
Se a decisão cair, Salatiel cai junto. Se a decisão monocrática for cassada, ele deixa de ser candidato.
A população de Parnamirim, inclusive, parece já ter entendido isso e vem dando o seu recado contra o histórico de Salatiel. A Professora Nilda, candidata do Solidariedade, lidera todas as pesquisas com folga e tende a vencer as eleições.
Parnamirim não merece instabilidade política e administrativa.
No momento em que o mundo passa por uma crise econômica tão grave, Parnamirim precisa de estabilidade política.
Para piorar a situação de Salatiel, a Justiça de Natal já disse que um condenado da Operação Impacto, o ex-vereador Carlos Santos, contemporâneo de Salatiel, não pode ser candidato a vereador na capital e impugnou a candidatura dele.
Pela lógica, a chance da impugnação de Natal se repetir em relação à eleição de Parnamirim, em um eventual recurso que seja necessário entrar em Natal ou Brasília, é real e altamente previsível.
Com duas semanas de campanha, a estratégia de campanha de Salatiel já sentiu que a “polarização não colou”.
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