São Paulo confirma 1ª morte por dengue no ano
A primeira morte por dengue este ano na cidade de São Paulo foi confirmada neste sábado (27) pela Secretaria Municipal de Saúde. A vítima foi um homem de 62 anos, morador do bairro Tremembé, na zona norte paulistana, que morreu no dia 19 de janeiro e tinha histórico de tabagismo e problemas cardiológicos.
De acordo com a prefeitura, ele foi atendido no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga, gerenciado pela Santa Casa de São Paulo, no dia 16 de janeiro. A infecção transmitida pelo mosquito Aedes aegypti foi atestada por testes laboratoriais feitos pela secretaria e pelo Instituto Adolfo Lutz.
Números
Em janeiro, foram notificados 5.877 casos de dengue na cidade de São Paulo. Os números, divulgados no último dia 23, indicam aumento de 144% em relação às 2.406 notificações registradas em janeiro do ano passado.
A zona leste da capital concentra a maior parte dos casos, especialmente nos bairros do Lajeado, na região de Guaianases, e Cangaíba, na região da Penha. Também tiveram incidência significativa da doença a região do Parque do Carmo e de Itaquera, além do Jardim São Luiz e do Sacomã, na zona sul.
Além da dengue, foram notificados em janeiro 236 casos de chikungunya, também transmitida pelo Aedes aegypti, e 47 casos de zika, sendo quatro em residentes na cidade de São Paulo, apesar de não haver confirmação de que a infecção ocorreu no município.
O vírus Zika foi associado a seis casos de microcefalia na capital paulista neste ano. O contágio de todos os afetados, porém, teria ocorrido em outras cidades – três na Região Nordeste e três em outros municípios do estado de São Paulo.
Dengue é ainda mais grave do que Zika vírus
O aumento da preocupação com o Zika vírus acabou tirando o foco de outras epidemias. Segundo especialistas, a dengue é a mais grave doença transmitida pelo Aedes aegypti, com alta mortalidade devido aos casos de dengue hemorrágica.
Apesar das três mortes ocorridas no Brasil em decorrência do Zika vírus, esta é uma doença mais branda quando comparada à dengue. Apenas em 2016, houve um aumento de quase 50% de casos de dengue, em comparação ao mesmo período do ano passado: foram mais de 73 mil notificações de pacientes infectados no país.
Além da malformação cerebral de bebês em gestação, outros efeitos do Zika vírus ainda estão sendo pesquisados. Ainda não há testes rápidos disponíveis para a maioria da população, como já acontece com a dengue.
São vários os sintomas que podem dar pistas aos médicos para suspeitas das doenças. No caso do Zika vírus, os sinais aparecem em apenas 20% dos infectados, sendo eles: manchas pelo corpo, febre baixa ou ausente e conjuntivite (olhos vermelhos). Já na dengue, as manchas pelo corpo podem não aparecer, a febre é elevada e persistente e a dor de cabeça é um fator marcante.
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