Saúde: Combate ao Aedes Aegypti é a primeira forma de prevenção à Microcefalia
Por Ranmaildo Revorêdo – Um dos grandes vilões da saúde dos brasileiros é o mosquito Aedes aegypti. Seu nome tem origem na palavra “Aedes” que significa “odioso”, no grego; e “aegypti” do latim “do Egito”. O “Odioso do Egito” ficou popularmente conhecido como transmissor da dengue.
Mais recentemente, foi constatado pelo Ministério da Saúde que, além das diversas variações da dengue, o mosquito é vetor da febre chikungunya e do zika vírus. Este último vem se tornado um problema para as autoridades da saúde e para sociedade, pois é um dos agentes causadores da microcefalia (malformação de cérebro) nos bebês de grávidas infectadas pelo zika vírus.
Para professora Maria Fátima Ximenes, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a única alternativa na luta contra a microcefalia é o combate ao mosquito Aedes aegypti, tendo em vista que a descoberta do vírus no Brasil é recente.
Tampar os tonéis e caixas-d’água, manter as calhas sempre limpas, deixar garrafas viradas para baixo, manter a lixeira bem fechada, entre outros, são dicas de combate ao Aedes aegypti bem conhecidas pela população e que devem ter uma atenção ainda maior neste momento de alta nos casos de Zika.
É a melhor forma e a única alternativa, pois ainda não existe vacina. Nós ainda temos um conhecimento restrito a respeito das interações do vírus com os humanos, portanto, precisamos colocar em prática as medidas simples que vêm sendo adotadas para combater a dengue”, comenta Fátima Ximenes.
Essa é a mesma recomendação do Ministério da Saúde, que está desenvolvendo a Campanha Nacional de Combate à Dengue. A mobilização tem como tema “elimine o mosquito da dengue antes dele nascer”.
“Se as pessoas tiverem o cuidado de examinar as suas casas umas duas vezes por semana buscando qualquer local que possa acumular água ,com certeza vai reduzir o numero de casos”, comenta a professora Fátima Ximenes.
Ainda segundo Fátima, é prudente seguir as recomendações dadas pelo Ministério da Saúde em relação ao adiamento do planejamento da gravidez neste momento de surto da doença. “Pela gravidade da doença é prudente evitar a gestação, neste momento”, afirma.
Desde que a dengue se instalou no Rio Grande do Norte com surtos epidêmicos ou como epidemia, a UFRN desenvolve ações educativas, por meio dos centros acadêmicos e projetos de extensão, que são divulgadas pelos veículos da Superintendência de Comunicação da Universidade (COMUNICA).
Fátima Ximenes que é, também, pró-reitora de extensão da Universidade, comenta que o papel da UFRN é identificar e contribuir com aspectos que possam resultar em melhorias para a sociedade geral, insistindo em ações educativas que são apresentadas pelo poder público. “Neste momento, o que estamos fazendo é mobilizar novamente as pessoas da Universidade a pensarem alternativas no enfrentamento desse problema que é tão grave”, analisa.
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