Sem doação empresarial, partidos migram para ‘vaquinha’ na internet, e PT é o primeiro a pedir
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir o financiamento de campanhas eleitorais por pessoas jurídicas pode dar à internet um papel pouco explorado no Brasil: o de meio de arrecadação para partidos políticos e candidatos.
Para se ter ideia desse potencial, a campanha que levou o presidente norte-americano Barack Obama ao primeiro mandato, em 2008, arrecadou cerca de US$ 500 milhões só pela rede – 67% de sua arrecadação.
No Brasil, alguns partidos largaram na frente nessa corrida por contribuições, e outros esperam que o congresso possa mudar a decisão do STF. O consenso entre especialistas é que a doação por pessoas físicas não faz parte da cultura do brasileiro.
O PT saiu na frente na busca por doações. Há cerca de dois meses, a legenda iniciou campanha na internet para arrecadar verba. O sistema eletrônico de pagamento está funcionando e um banner, com destaque no site petista, leva o visitante para a página onde é possível doar.
A legenda já usou essa ferramenta na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014. A arrecadação, porém, foi de apenas R$ 266 mil – 0,08% dos R$ 318 milhões arrecadados. Aécio Neves (PSDB) nem sequer arrecadou com doações on-line. Para Marina Silva, a terceira colocada, concorrendo pelo PSB, as contribuições pela internet renderam R$ 371 mil – 0,6% dos R$ 61 milhões gastos em sua campanha.
Gazeta do Povo
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