Dilma terá direito a ampla defesa na próxima fase do processo, ressalta relator

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Antes da votação da Comissão Especial do Impeachment, nesta sexta-feira (6), o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) lembrou que estava em pauta tão-somente a admissibilidade do processo contra a presidente Dilma Rousseff, em que se avalia se estão ou não presentes indícios para sua instauração.

Com o processo aberto, caso o Plenário do Senado confirme a decisão da comissão, a presidente terá direito a ampla defesa, como explicou o relator. É o que Anastasia chama de “fase probatória”. Segundo o relator, a partir daí, os senadores avaliarão se os dois fatos apontados na denúncia  – pedaladas no Plano Safra e edição de seis decretos de créditos suplementares – terão enquadramento como crimes de responsabilidade.

A Agência Senado destacou que ao rebater críticas de senadores da base governista quanto aos efeitos da admissibilidade, Anastasia observou que a decisão pelo afastamento de presidente submetido a processo semelhante foi inserida na Constituição federal pelos constituintes de 1988.

Anastasia é eleito relator da Comissão do Impeachment

 Senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) – Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) foi eleito nesta terça-feira (26) relator da Comissão Especial encarregada de analisar a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ele foi indicado pelo bloco parlamentar da Oposição (PSDB-DEM-PV).

Antes, o indicado pelo PMDB, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), foi eleito por aclamação presidente da Comissão Especial do Impeachment. Em discurso de posse, Lira agradeceu a confiança dos demais senadores e pediu a todos tranquilidade ao longo do trabalho na comissão.

Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), senadoras da base governista, questionaram na segunda-feira (25) a indicação de Anastasia para a relatoria da Comissão do Impeachment. Elas alegaram que o senador escolhido pelos membros da oposição não tem a isenção necessária para exercer o cargo. Segundo a Agência Senado, as questões de ordem foram rejeitadas pelo presidente da Comissão Especial.