Temer: não vamos falar em crise, vamos trabalhar

No evento, Temer também destacou a trajetória do PMDB - Foto: Divulgação
Temer está confiante e quer que o povo pense em trabalho e não crise – Foto: Divulgação

Em cerimônia para dar posse aos seus 24 ministros, o presidente interino da República, Michel Temer (PMDB), fez seu primeiro discurso dialogando com o mercado financeiro. “Minha primeira palavra para o povo brasileiro é confiança; confiança na recuperação da economia nacional, nos potenciais do nosso país e na capacidade de, unidos, enfrentarmos desafios deste momento que é grande dificuldade”, declarou.

Temer disse que o momento não era de celebração, mas de profunda reflexão para “remover a incerteza da inflação dos últimos anos”. “A partir de agora não podemos mais falar em crise, vamos trabalhar.”

O presidente interino citou, para tanto, o incentivo às parcerias público-privadas. “Esse instrumento poderá gerar emprego”, justificou. “Sabemos que o Estado não pode tudo fazer, dependemos da atuação de setores produtivos. Ao Estado compete cuidar da segurança, saúde, educação, ou seja, dos setores fundamentais; o restante, será compartilhado com a iniciativa privada.”Mais >

Ministros vão a eventos para tentar angariar votos

Foto: Divulgação
Presidente Dilma Roussef – Foto: Divulgação

Ministros do governo participaram neste sábado de uma feijoada e de uma peixada atrás de votos para barrar o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, na Câmara. Os dois eventos foram organizados pelos deputados Waldir Maranhão (PP-MA) e Weverton Rocha (PDT-MA), que são vizinhos de apartamentos funcionais.

Se revezaram nas duas reuniões os ministros Jaques Wagner, Antônio Carlos Rodrigues (Transportes) e Kátia Abreu (Agricultura), além dos agora deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Celso Pansera (PMDB-RJ), que deixaram suas pastas para votar contra o impeachment no domingo.

Segundo Castro, passaram pelos encontros deputados do PP, PR, PSD, PTN e PMDB. Ele afirmou que o clima entre os deputados mudou e que o governo terá voto suficiente para barrar o processo na Câmara. “Vai ser uma disputa acirradíssima. E eu não usei o superlativo à toa. Eu penso que vai ser assim, mas o impeachment não passará”, disse.Mais >