‘Não se pode paralisar o governo’, diz Temer

No dia seguinte à abertura dos inquéritos contra oito ministros, 24 senadores e 39 deputados pelo ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer afirmou na manhã desta quarta-feira que não se pode “paralisar o governo”.

Em discurso durante a sanção de projetos que beneficiam as mulheres, Temer disse que é preciso haver separação dos Poderes e não se referiu diretamente ao STF e aos investigados após o levantamento do sigilo da delação da Odebrecht, que ficou conhecida como ‘delação do fim do mundo’.

Odebrecht e o suborno à guerrilha das Farc

A medida teria sido adotada nos anos 1990, depois que as Farc sequestraram dois executivos da Odebrecht. Segundo a Veja, dois executivos da empresa em depoimento admitiram os pagamentos, entre US$ 50 mil e US$ 100 mil por mês, em troca de “licenças” para a realização de obras nas áreas controladas pela guerrilha.

Nos balanços da empresa, o chamado “imposto guerrilheiro” pago às Farc aparecia dentro das rubricas “custo operacional”, ou “tributo territorial”. Esse acordo permitiu à Odebrecht realizar, entre outros trabalhos, a Rota do Sol. Essa autoestrada de mais de 500 km une o centro da Colômbia à costa do Caribe.Mais >

A Odebrecht definiu ‘R$ 200 milhões’ para campanhas em 2014 e via cerveja Itaipava

O ex-executivo da Odebrecht Benedito Junior disse ao TSE nesta quinta-feira que foi definido em uma reunião com Marcelo Odebrecht e outros executivos que a Odebrecht ia contribuir com R$ 200 milhões para todas as campanhas em 2014 – inclusive a presidencial.

Segundo Benedito, o valor era o limite que a Odebrecht tinha para contribuir com todas as campanhas. Ele explicou que, dos R$ 200 milhões, cerca de R$ 120 milhões foram pagos por dentro – o caixa um.

Outros R$ 40 milhões foram via cervejaria Itaipava, o que eles chamam de doação por terceiros.

E o restante, R$ 40 milhões, foi pago por fora – o caixa dois. Benedito não soube informar quanto e para quem foram os valores. Mas que os R$ 200 milhões foram pagos, efetivamente destinados a campanhas.

Moro aceita mais uma denúncia contra Lula na Operação Lava Jato

0a
O juiz federal Sérgio Moro aceitou hoje (19) mais uma denúncia da força-tarefa da Operacão Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a decisão, Lula se torna réu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Outras oito pessoas também foram denunciadas, entre elas o advogado de Lula, Roberto Teixeira, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, além de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo Odebrecht.Mais >

’’Delação-bomba’’ do fim de semana é aperitivo para o que ainda está por vir

0aa

Com a citação de 48 políticos em sua delação premiada, muitos do altíssimo escalão da República, o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho abalou Brasília neste fim de semana. Mas, ele é apenas um dos 77 executivos da empresa que firmaram acordo de colaboração com a força-tarefa da Lava Jato – o que abre a perspectiva de um potencial ainda mais explosivo da chamada “delação do fim do mundo”.Mais >

Todos os nomes e valores na delação de Cláudio Melo Filho, da Odebrecht

0a

Na delação premiada do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, cujo conteúdo vazou na sexta-feira, estão 48 nomes e a história de como cada um deles ajudou a empreiteira e o que recebeu em troca. Confira abaixo a lista completa, com os nomes e apelidos, os cargos que cada um ocupava à época em que os pagamentos foram feitos e os postos atuais dos delatados, e os valores que teriam sido repassados a cada um.Mais >

Odebrecht diz que pagou caixa dois para José Serra (PSDB) na Suíça, afirma jornal

A Odebrecht revelou à Lava Jato que R$ 23 milhões da empreiteira foram destinados à campanha presidencial de José Serra (PSDB) via caixa dois em 2010, diz reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta sexta-feira (28). Parte do dinheiro teria sido repassada, segundo o jornal, por meio de uma conta na Suíça.

De acordo com a reportagem, a Odebrecht apontou dois nomes como sendo os operadores dos R$ 23 milhões à campanha de Serra, hoje ministro das Relações Exteriores do Governo de Michel Temer (PMDB).

“O acerto do recurso no exterior, segundo a Odebrecht, foi feito com o ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho (ex-PSDB e hoje no PSD), que integrou a coordenação política da campanha de Serra”, publicou a Folha.Mais >