Testemunhas importantes no julgamento de acusados de matar o menino Henry não foram localizadas pela Justiça
Foto: Reprodução
Semana que vem, começa a fase preliminar do julgamento da morte do menino Henry Borel. Entretanto, quatro testemunhas consideradas importantes pela acusação ainda não foram localizadas pela Justiça.
O depoimento delas está marcado para a próxima quarta-feira (6), na primeira audiência de instrução do caso. O ex-vereador Jairinho e Monique Medeiros, a mãe de Henry Borel, vão responder por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas.
São acusados pela morte do menino de 4 anos na madrugada do dia 8 de março. Laudos apontaram 23 lesões por ação violenta no corpo de Henry.
Duas testemunhas de acusação que estão sumidas trabalhavam no hospital onde a criança chegou já sem vida.
A médica Maria Cristina Souza Azevedo;
A pediatra Viviane dos Santos Rosa;
O executivo do hospital Pablo dos Santos Meneses também estava entre as testemunhas de acusação que não haviam sido encontradas. Todavia, após a publicação da reportagem, a assessoria do executivo informou que ele irá participar da audiência.
O Ministério Público acusou Jairinho e Monique de coagir Thayná e outra empregada do casal. Por isso, Thayná mentiu no primeiro depoimento. Mas depois voltou atrás, e confirmou as agressões que o menino sofria.
A ex- mulher de Jairinho – Ana Carolina Ferreira Neto- que confirmou o histórico de violência doméstica do ex-vereador também não foi localizada.
Outra testemunha desaparecida é a babá Thainá Oliveira.
“Estou muito apreensivo que possa estar acontecendo ainda esse tipo de coação a testemunhas pelo Jairo e pela Monique e aí, essas 5 testemunhas chave para o caso .. Muito importante para esclarecer os fatos, podem estar sendo coagidas ainda”, diz o pai de Henry, Leniel Borel.
Os advogados do pai de Henry disseram que as cinco testemunhas de acusação não localizadas até o momento são extremamente importantes para esclarecer o caso já que viveram de forma direta as circunstancias relacionadas ao crime que terminou na morte do menino.
O promotor Fábio Vieira do Santos, responsável pela acusação, afirmou que o depoimento das testemunhas é obrigatório e que se elas não forem localizadas agora poderá ser marcada uma nova audiência.
Mas acrescentou que, por enquanto, não tem motivos para acreditar que elas tenham sido coagidas ou ameaçadas.
“Cada testemunha tem a sua importância. A espinha dorsal desse processo está muito bem configurada em laudos médicos e em outros depoimentos já traçados na delegacia e também em um comportamento que infelizmente o acusado tinha ao longo de anos. Então, o depoimento das testemunha, embora seja importante, não colocam em xeque o que nós temos como principal argumento e prova da responsabilidade pena dos acusados”, disse.
“O que eu espero .. o que agente sempre pediu lá desde o começo que a verdade apareça”, acrescenta Leniel.
A defesa de Monique reiterou sua inocência, e disse que ela será provada quando as testemunhas forem ouvidas. O RJ2 não teve retorno da defesa de Doutor Jairinho
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