Thiago Braz leva a medalha de bronze no salto com vara nas Olimpíadas de Tóquio

Foto: REUTERS/Aleksandra Szmigiel

Cinco anos depois de se sagrar campeão olímpico nos Jogos do Rio, Thiago Braz voltou a se colocar entre os grandes da história do salto com vara. O paulista de 27 anos conquistou na noite desta terça-feira em Tóquio (manhã no Brasil) a medalha de bronze na final da prova no Estádio Olímpico da capital japonesa.

Thiago obteve como melhor marca 5,87m. A prata ficou entre o norte-americano Christopher Nilsen (5,97m) e o ouro com o sueco Armand Duplantis, recordista mundial da prova, com 6,02m. O europeu ainda tentou três saltos para 6,19m na tentativa de quebrar em um centímetro o recorde mundial, mas não capitalizou.

Assim, o recorde olímpico de 6,03m registrado em 2016 continua em poder de Thiago.

O brasileiro é o nono na história do salto com vara em Olimpíadas a somar duas medalhas no evento. Os outros foram os norte-americanos Bob Richards e Bob Seagren, o francês Renaud Lavillenie, o polonês Tadeusz Ślusarski, o japonês Shuhei Nishida e os soviéticos Igor Trandenkov e Maksim Tarasov.

Nem mesmo a maior lenda da prova, Sergey Bubka, conseguiu repetir medalhas (teve um ouro em Seul 1988 e falhou em Barcelona 1992, Atlanta 1996 e Sydney 2000). Em nível nacional, Thiago torna-se o primeiro do país a ir ao pódio no atletismo em duas Olimpíadas consecutivas desde 2000, quando André Domingos repetiu a conquista no 4x100m rasos que tivera em Atlanta 1996. O velocista foi bronze na prova por equipes nos Estados Unidos e prata na Austrália.

A prova

O brasileiro acertou a primeira marca, de 5,55m, logo na primeira tentativa. O sarrafo subiu para 5,70m e, no primeiro intento, Thiago resvalou levemente e o deixou cair. A falha foi redimida a seguir, quando ele passou com folga os 5,70m para iniciar uma nova série de três saltos.

O desafio passou a ser a marca de 5,80m. Mas o brasileiro derrubou o sarrafo na primeira tentativa. Tal como um repeteco da primeira leva, passou na chance seguinte.

A maré pareceu mudar a partir da altura seguinte, 5,87m. O campeão olímpico contou com um pouquinho de sorte ao bater levemente no sarrafo, mas passá-lo de primeira. Na queda, Thiago comemorou muito. E não era para menos, foi a sua melhor marca na temporada – até então, seu melhor havia sido 5,82m.

Pouco depois dele, o norte-americano Christopher Nilsen também ultrapassou 5,82m. Mas, como tinha menos erros anteriores, assumiu a liderança, com Thiago em segundo. Com o afunilamento da prova e um vento insistente no Estádio Olímpico, a disputa começou a ficar mais tensa.

Um a um, os rivais foram se despedindo. Primeiro, o grego Emmanouil Karalis. Depois, o americano Kc Lightfoot. Em seguida, o britânico Harry Coppel. Minutos mais tarde, o polonês Piotr Lisek.

Nesse meio tempo, Thiago fez sua primeira tentativa para 5,92m e errou. Logo em seguida, falhou na segunda. Mas, um instante depois, quando o francês Renaud Lavillenie, que defendia a prata olímpica do Rio e havia sido ouro em Londres 2012, errou a segunda tentativa dele para 5,92m o brasileiro assegurou mais um pódio olímpico em sua carreira.

O paulista, já com a medalha no peito, mas sem saber a cor, continuou na prova. Porém, errou a tentativa restante para 5,92m e se despediu com o bronze. Uma medalha que pareceu tão longe de seu alcance devido ao ciclo olímpico turbulento rumo a Tóquio.

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