Varejo e serviços devem abrir 105 mil vagas de emprego para o fim de ano, diz pesquisa da CNDL e SPC Brasil
Foto: Getty Images
Uma pesquisa realizada em todas as regiões do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, estima que aproximadamente 105 mil vagas serão abertas no país até dezembro pelos setores varejista e de serviços – número próximo ao de 2019, período pré-pandemia.
De acordo com o levantamento, 69% dos empresários que pretendem contratar funcionários afirmam querer suprir a demanda que normalmente aumenta nesse período, uma redução de 19 pontos percentuais em relação a 2019, enquanto 14% preferem investir na qualidade dos serviços.
De acordo com os empresários que não pretendem contratar, os principais motivos são:
- não acreditam que haverá um aumento significativo da demanda que justifique as contratações (40%);
- não possuem verba para contratações (25%);
- os encargos trabalhistas são muito altos (15%);
- estão inseguros pelo histórico de vendas deste ano não ter sido bom, inclusive nas datas comemorativas (13%).
Comparando com a pesquisa realizada em 2019, o estudo registou aumento de 12 pontos percentuais das empresas que não possuem verba para contratações.
Maioria planeja contratações temporárias, sem carteira assinada
Considerando os empresários que já contrataram ou irão contratar funcionários para o fim do ano, a pesquisa mostra que pouco mais da metade (52%) pretende contratar mão de obra temporária, percentual que é igual ao de 2019 (52%).
A inclinação para contratações por tempo determinado é significativamente maior entre os empresários do comércio varejista (63%) do que do setor de serviços (41%).
A maior parte dos empresários que recorrerão a contratações temporárias (60%) não pretende contratar mais do que 1 ou 2 funcionários para as vendas de fim de ano, sendo a minoria (15%) os que planejam empregar 3 ou mais funcionários. A média de contratações por empresa será de 2 colaboradores, e o tempo médio de contratação é de 3 meses.
Considerando a forma da contratação, 57% abrirão vagas informais, 47% registrados em carteira de trabalho e 18% recorrerão à mão de obra terceirizada. Em média, o número total de profissionais temporários será de 2 colaboradores.
“As contratações de fim de ano representam uma oportunidade importante devido ao grande número de desempregados. Mesmo no caso das contratações temporárias, sempre existe a possibilidade da contratação se tornar efetiva, principalmente se as expectativas de crescimento para as vendas se confirmarem, ou e se o profissional demonstrar afinco e dedicação no exercício do trabalho”, diz o presidente da CNDL, José César da Costa.
Jovem com ensino médio tem preferência
Mais da metade das empresas (59%) prefere contratar jovens de 18 a 34 anos – sendo a faixa etária média de 28 anos – e que tenham ao menos o nível médio completo (56%). A expectativa média de salário é de R$ 1.463. Quanto à jornada de trabalho, a maioria (66%) ofertará vagas de 6 a 8 horas diárias.
As mulheres são preferidas (33%) em relação aos homens (24%), embora a maioria (41%) afirme não se importar com o sexo dos funcionários.
Os cargos mais demandados pelas empresas serão: vendedor (29%), ajudante (23%) e balconistas (14%). Embora uma parte do empresariado já tenha iniciado as contratações em agosto (11%) ou queiram começar em setembro (10%), os meses mais movimentados serão outubro (25%) e novembro (25%).
Escreva sua opinião
O seu endereço de e-mail não será publicado.